Em todo o Brasil, cerca de 50 mil crianças e adolescentes participam da Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM)
Kelen Galvan
Da redação
Neste domingo, 26, acontece a 7ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM). O evento acontecerá nas paróquias, comunidades ou dioceses do Brasil, de acordo com a organização de cada local, mas mediante um subsídio preparado pela secretaria nacional da IAM.
Este ano, a jornada celebrará os 176 anos de fundação da obra e também será a ocasião onde as crianças e adolescentes farão sua consagração ao seguimento de Jesus Salvador, através da Obra da Infância e Adolescência Missionária, explica a secretária nacional da IAM, Irmã Patrícia Souza.
O evento acontece desde 2013, sempre no último final de semana do mês de maio. Uma data próxima do aniversário da obra, fundada em 19 de maio de 1843, em Paris, na França.
“Nós temos uma boa celebração em todo o Brasil. A nossa obra é presente em 217 dioceses, em algumas com mais de um grupo, e a grande maioria celebra este momento da jornada nacional”, explica irmã Patrícia.
Ela destaca que a missão devolvida pela IAM atinge atualmente cerca de 50 mil crianças e adolescentes no país. “Nós temos cerca de 4000 grupos no Brasil, compostos de 10 a 15 crianças, somando, em média, 50 mil crianças e adolescentes”.
O tema da jornada deste ano deste ano é “Batizados e enviados: IAM em missão no mundo”, escolhido para estar em sintonia com o Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo Papa Francisco, para o mês de outubro.
IAM no Brasil
A secretária nacional da IAM conta que no Brasil a obra passa por uma terceira fase de organização. O primeiro registro da obra foi em 1850, depois houve um período de declínio. Na década de 70 houve uma retomada dos trabalhos, depois houve outro declínio. E desde 2005 há essa organização no Brasil, com essa nova proposta.
“De 2005 pra cá, a obra tem sempre se fortalecido nas paróquias e dioceses. A IAM sempre está ligada à uma comunidade. Uma liderança pode sentir o desejo de conhecer e iniciar a obra, mas a secretaria nacional faz contato com a paróquia ou diocese. Atualmente há uma organização de equipes de coordenação estaduais e diocesanas, ligadas à secretaria nacional, para ajudar na formação dos grupos”, destaca a responsável.
Irmã Patrícia explica que o IAM se organiza em pequenos grupos, formado por um número de 12 crianças e adolescentes – em memória aos 12 apóstolos -, sempre acompanhados por um adulto, que é o assessor e realizam encontros semanais, no qual trabalham um tema gerador, que perpassa durante quatro semanas.
Atitudes missionárias
Desde a fundação da Obra, as crianças e adolescentes engajados na IAM, realizam o gesto concreto de rezar uma Ave-Maria por dia, por todas as crianças e adolescentes do mundo, e a doarem, fruto do seu sacrifício, uma moeda por mês, para ajudar as crianças e adolescentes do mundo. “De maneira muito concreta, já há esse compromisso que eles assumem, com a missão universal. E, depois, com os grupos, eles sempre vão tendo gestos de solidariedade e evangelização nas comunidades onde estão inseridos”, esclarece.
Segundo ela, não há uma idade mínima ou máxima para participar da IAM, todas as crianças e adolescentes, que se identificam com o carisma de “criança ajudando e rezando por criança” e “adolescente ajudando e rezando por adolescente” são acolhidos, mas em geral, permanecem até os 16 anos. Depois disso, são convidados a fazer parte da Juventude Missionária.