Líderes são capazes de exercer influências
André Prado*
Liderança é um assunto que jamais se esgota. Sempre haverá algo a ser explorado ou abordado sobre as formas de liderar. Grandes líderes deixaram sua marca positiva em seu universo de atuação. Em contrapartida, péssimos líderes foram capazes de marcar negativamente a história.
Nas redes sociais e no âmbito organizacional pessoas costumam distinguir o chefe do líder. É curioso, pois ambas as definições se associam a indivíduos que comandam e possuem autoridade.
Entretanto, não é incomum encontrar frases e pensamentos na qual o chefe é descrito de forma pejorativa enquanto o líder é ressaltado como uma figura desejável. Alguns enxergam o chefe como alguém que tem o poder de mandar e o líder como alguém capaz de exercer influências.
Na verdade este modo diferente de encarar o chefe já se tornou um estigma e dificilmente algo vai mudar neste sentido. Isto se deve ao fato de que muitos chefes passam seus dias atrás da mesa mandando em seus subordinados enquanto os líderes passam seus dias servindo os seus liderados.
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De toda forma, tanto por trás de um chefe ou um líder pode estar alguém bom ou ruim. No livro “Oitavo Hábito, da eficácia à grandeza”, o autor Stephen Covey comenta sobre importantes aspectos da liderança: visão, disciplina, paixão e consciência. O bom líder é aquele que encontra própria voz e ajuda o liderado a encontrar voz dele.
Em seu vídeo sobre o Oitavo Hábito, o autor faz um comparativo entre Gandhi e Hitler mencionando que ambos eram visionários, disciplinados e dedicados. Porém, a consciência era o que os distinguia. Gandhi foi reconhecido por ser um bom líder por ter libertado trezentos milhões de indianos com sua autoridade moral sem jamais ter ocupado um cargo formal.
Com este exemplo é possível compreender a principal diferença entre o bom e o mau líder. Cabe lembrar que no decorrer da vida laboral também é possível ter bons ou maus chefes. Tudo dependerá de como cada chefe exerce a autoridade no comando de suas atribuições.
É relevante ressaltar que existem colaboradores que fazem duras críticas aos seus superiores, principalmente quando estes não estão por perto. No entanto, como será que se sairiam caso fossem promovidos a ocupar a posição de comando ocupada por seus chefes? Muitos passariam de pedra a vidraça.
Sabe-se que muitos indivíduos não podem ter poder por se transformarem em arrogantes ditadores. Esse é o lado ruim de muitos que ocupam posições de lideranças. Entretanto, cabe frisar que existem profissionais que assumem posições de comando e não agem de forma abusiva.
É preciso procurar compreender que às vezes os chefes estão sob ordem de superiores hierárquicos e têm de acatar as decisões tomadas. O que pode acontecer é que muitas vezes os chefes não conseguem se comunicar adequadamente com seus subordinados e isto geralmente conduz às interpretações erradas.
Independente de qualquer coisa cabe salientar que quando se ocupa uma posição de comando, sempre existirá o ônus e o bônus do exercício da função. Outra constatação digna de nota é de que erros serão cometidos até mesmo pelos melhores líderes, afinal o ser humano pode cometer imperfeições em algumas de suas ações.
Como diferenciar as lideranças
Felizmente existe como diferenciar o bom do mau líder no desempenho de suas atividades. Isto não significa que o bom líder sempre atenderá os desejos dos liderados, pois às vezes terá de dizer não. Quando uma situação destas ocorrer é recomendável deixar bem explicado ao colaborador a motivação que levou o líder a negar algo.
Sabe-se que é impossível agradar a todos em uma organização ou em qualquer lugar que seja. Até Cristo, excelente exemplo de liderança, não conseguiu agradar a todos. Porém, existe uma espécie de termômetro para saber se o líder está servindo bem aos seus subordinados.
Um dos indicadores importantes para mensurar a boa liderança é procurar saber o ponto de vista da maioria dos comandados. É preciso saber o nível de satisfação, aceitação, admiração e influência exercida. Esta análise não pode se limitar ao que alguns bajuladores interesseiros possam dizer, ou seja, o líder tem de ser avaliado por todos os seus liderados.
Bons líderes costumam demonstrar gratidão, apreço e encorajamento aos que estão sob sua liderança. Também se preocupam em servir a coletividade e dividem os méritos das vitórias obtidas com a equipe. Um considerável número de trabalhadores deseja encontrar boas lideranças em sua jornada de vida profissional, pois com os melhores líderes pode-se aprender muito e ainda trabalhar com motivação.
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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br
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