As práticas supersticiosas são reprovadas pela Igreja; segundo padre, cristão deve rezar, agradecer e confiar
Julia Beck
Da redação
A superstição é uma crença fortemente presente na passagem de um ano para o outro no Brasil. Apesar de ser configurada uma prática do imaginário popular, a superstição é considerada, segundo o Vice-reitor do Santuário Pai das Misericórdias da Canção Nova, padre Márcio do Prado, um pecado, pois não coloca Deus em primeiro lugar, e sim outras realidades, criaturas e objetos.
A palavra superstição é creditada pelo dicionário online “Aurélio” como um sentimento de veneração, fundado no temor ou na ignorância, no qual a confiança é depositada em coisas ineficazes ou em crendices. Comportamentos supersticiosos são, de acordo com o padre, ações que não têm a aprovação, promoção ou incentivo da Igreja, que considera que a confiança do cristão deve estar em Deus.
Durante as confraternizações, as cores das camisetas são levadas em conta, amuletos se tornam prioridade e alguns rituais são popularmente seguidos. Ações apontadas como inválidas, segundo o sacerdote, para os que se consideram cristãos.
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“Muita gente nesse tempo coloca roupa branca para trazer paz, ou amarela para isso ou aquilo, mas, enfim, nada disso para o cristão é válido. É válido rezar, confiar em Deus, é válido trabalhar também, afinal as coisas não caem no colo de ninguém como algo mágico”, pontuou padre Márcio, que aproveitou para destacar a importância da atenção dos fiéis em não utilizar sinais cristãos como amuletos.
Para o sacerdote, além de viver a fé rezando, confiando em Deus e confiando na intercessão dos santos anjos, o cristão que é cristão deve sempre agradecer a Deus por tudo que lhe foi confiado, e se colocar à disposição. “Ele [cristão] deve levantar as mãos para o alto, mas deve também colocar as mãos à disposição e trabalhar, ajudar o próximo”, finalizou.