Arcebispo afirmou que, enquanto a situação crítica da pandemia perdurar, as restrições adotadas pela Igreja em São Paulo continuam em vigor
Da redação, com Arquidiocese de São Paulo
Durante o programa “Diálogos de fé” deste Domingo de Páscoa, 4, transmitido pela rádio 9 de Julho e pelas redes sociais, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, afirmou que a medidas restritivas adotadas na Arquidiocese para conter o avanço da pandemia de covid-19 continuarão em vigor enquanto a fase crítica de contágio perdurar.
Respondendo a uma pergunta referente à decisão caráter liminar (provisório) do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicada neste sábado, 3, liberando a realização de missas e cultos religiosos em todo o Brasil, Dom Odilo ressaltou que as medidas adotadas pela Arquidiocese de São Paulo independem de alguma decisão judicial.
“A nossa recomendação durante o tempo da crise aguda da pandemia, de celebrar sem a presença do povo nas igrejas, não vem de uma proibição. A nossa posição vem da preocupação pela situação da pandemia, que está muito grave, com muitos doentes e mortos”, explicou o Cardeal, reconhecendo, contudo, que qualquer proibição desse gênero fere um direito constitucional.
O Arcebispo acrescentou que a decisão monocrática do ministro do STF não muda a recomendação para as paróquias e comunidades da Arquidiocese, pois “a situação da pandemia ainda não mudou em São Paulo”.
Igrejas abertas
As atuais medidas foram publicadas por Dom Odilo no dia 12 de março, diante do agravamento da pandemia, com recordes de mortes, infecções e ocupação de leitos hospitalares. Na ocasião, o Arcebispo enfatizou que com essas decisões a Igreja em São Paulo adere, mais uma vez, “ao esforço coletivo para salvar vidas, preservar a saúde das pessoas e superar a pandemia”.
Desde então, as celebrações com a participação presencial do povo estão suspensas. No entanto, as igrejas devem permanecer abertas para a visitação e oração pessoal dos fiéis, assim como para o atendimento individual, seguindo os protocolos sanitários já recomendados. Na carta enviada a toda a Arquidiocese, o Cardeal Scherer também orientou que as missas continuassem sendo celebradas de maneira privada e transmitidas pelas mídias.