“Enfrentar o mal, viver o diálogo e praticar a solidariedade” é o pedido do secretário-geral da CNBB a toda Igreja na missa de Abertura da 59ª Assembleia da CNBB
Ronnaldh Oliveira
Da redação
A Igreja no Brasil volta o seu olhar de comunhão e oração para a 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que começou nesta segunda-feira, 25, com a Santa Missa. A celebração foi presidida pelo secretário-geral da entidade, Dom Joel Portella Amado, na capela da Conferência em Brasília.
Motivados pela Festa de São Marcos Evangelista, Dom Joel e alguns padres assessores presentes, recordaram que este ano a CNBB completa 70 anos de existência, vivendo a experiência concreta de reunir seus bispos para a vivência conjunta da comunhão e da missão evangelizadora.
A reunião que, pelo estatuto, deve acontecer ao menos uma vez por ano, convocada pelos bispos presidentes, será em dois formatos nesse ano de 2022: on-line e presencial. Neste primeiro semestre, com o inicio dos trabalhos às 8h, no formato virtual; no segundo semestre – entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro – no Santuário Nacional de Aparecida na modalidade presencial.
A pergunta de hoje
Dom Joel enfatizou que a grande pergunta que cada bispo deve se fazer hoje é o porquê da assembleia. Por que reunir quase 480 bispos hoje para um encontro como este, mobilizando toda a Igreja no país.
O presidente da celebração recorreu ao Evangelho: “Tudo decorre da missão do Evangelho ouvido hoje – ‘Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho’. Uma missão vivida pela paixão do Ressuscitado, vivida na responsabilidade por responder evangelicamente a cada desafio e cada momento dos tempos de hoje”.
As assembleias
Dom Joel ainda refletiu acerca das assembleias. “Se compararmos as primeiras assembleias com as de hoje, notaremos semelhanças e diferenças: As diferenças se encontram, sobretudo no formato. Quando poderíamos imaginar que faríamos isso? Que teríamos recursos, formas, temas para realizarmos dessa maneira? A semelhança permanece na fidelidade a Jesus Ressuscitado que envia a sua Igreja em missão e pede a esta mesma Igreja, prometendo a sua assistência, contando que ela seja fiel”.
As condições de Jesus
“Jesus não apenas envia, mas diz o que vai acontecer – Enfrentar demônios e pegar serpentes, falar línguas novas, impor as mãos e curar doentes. Ao longo dos séculos a Igreja vai buscando entender como deve realizar sua missão nestas características apontadas por Jesus.”, ressaltou o bispo com base no Evangelho da Liturgia da festa de São Marcos Evangelista.
Nestes 70 anos de CNBB, de modo particular, os conferencistas se reunirão para refletirem sobre a percepção e vivências dessas realidades a partir do que Jesus coloca ainda hoje para cada comunidade – ‘Construir o bem, trabalhar pelo bem, ser o bem’.
O compromisso da Igreja hoje
Dom Joel destacou que, em cada assembleia, a CNBB procura compreender o melhor modo de ouvir, escutar, acolher e dialogar com as pessoas que estão na sociedade.
“A cada ano, ao revisarem cada atividade, o olhar deve ser caracterizado pelo compromisso com o bem pela capacidade de comunicação, de escuta, de diálogo representado nos diferentes idiomas e línguas, muitas vezes empecilhos para que duas pessoas se comuniquem e pela consciência de uma Igreja solidária que se compromete com os mais necessitados”, acrescentou.
O bispo concluiu a homília da primeira Eucaristia da 59ª Assembleia pedindo a cada cristão que rezasse pela Igreja do Brasil nestes dias, por cada bispo conferencista e por cada católico que vive o seu batismo, porque são todos Igreja.