Compras coletivas, reaproveitamento de material do ano anterior e muita pesquisa são algumas maneiras de fugir dos gastos com material escolar
Thiago Coutinho, com colaboração de Elaine Santos
Da redação
Neste início do ano, os gastos costumam ser altos, sobretudo para quem tem filhos. É no mês de janeiro que muitos pais vão às compras com as listas de material escolar que devem ser entregue às instituições de ensino para o início do ano letivo.
Os economistas classificam esta época do ano como sazonal: os donos de papelaria sabem que os pais não comprarão cadernos todos os meses, por exemplo. “A lei da oferta e da procura, já que nesta época todos procuram a mesma coisa”, explica o economista Márcio Meireles.
Economizar, então, é a ordem do dia, já que, além dos gastos com o material didático dos filhos, os pais ainda têm que se preocupar com impostos como IPTU e IPVA, só para citar alguns. “Primeiro, verifique a lista de material que está sendo proposta. Veja se não sobrou cadernos do ano anterior, pois é comum encontrar uma quantidade enorme de cadernos em casa com poucas folhas utilizadas”, ensina o especialista.
Uma outra dica que pode trazer muita economia aos pais são as compras compartilhadas ou coletivas. Funciona assim: um grupo de pais se reúne, faz a cotação da lista e procura pelo estabelecimento que fará o preço mais em conta. “É muito mais fácil negociar comprando dez cadernos do que comprando um. Seu poder de negociação é muito maior assim”, afirma Meireles.
Além desta vantagem, os pais ainda podem pedir um desconto pelo total do que foi comprado. “Daí, das pessoas divididas no grupo, a que conseguiu o melhor desconto é a que vai levar os produtos para distribuir entre as outras famílias”, explica o especialista.
Thaís Carvalho, mãe de dois meninos de 2 e 7 anos, já tem despesas até com seu filho caçula. Na lista de material do seu filho mais velho, Thaís já sabe exatamente com o que vai economizar. “Mochila, bolsa de lápis, tesoura, coisas que estão em bom estado que vou tirar da lista. E provavelmente outras coisas, porque ainda vou analisá-la com calma e vai me economizar muito”, diz.
Orçamento para material escolar pede muita pesquisa, confira abaixo:
Economia tardia
Para Meireles, as preocupações com os gastos de janeiro devem começar no ano anterior. O planejamento, segundo o economista, tem que ser feito antes para que as famílias estejam preparadas para arcar com as despesas de início de ano.
“Quem está pensando agora nas despesas de material escolar, IPTU, IPVA deveria ter começado a fazer isto em novembro, com a primeira parcela do décimo terceiro salário. Aí sim, a pessoa faz um cronograma dos gastos de fim de ano para diminuir o impacto, que é muito grande em um mês”, adverte Meireles.
Administrar estes gastos futuros é fácil, assegura o economista. “Dá para saber com antecedência sobre os gastos destes impostos, que sobem de acordo com a inflação. E a inflação subiu o que era esperado”, diz.
Pesquisar sempre
A estratégia que não pode ser esquecida na hora das compras escolares: a pesquisa. “Com a facilidade da internet, dá para se fazer isso em vários locais em que você encontrará o material mais barato”, aconselha Meireles.
Os shoppings também são bons locais para se fazer as compras escolares. “Mas, às vezes, eles não negociam”, diz o economista. “Você não pode ir lá sem noção alguma de valor, de quanto custa um caderno, por exemplo. Faça uma previsão de gastos e, a partir disto, faça uma base para negociar”, finaliza.