A Universidade de São Paulo (USP) está construindo um laboratório para cultivo de células-tronco obtidas a partir de dentes de leite. O projeto é uma iniciativa da Faculdade de Odontologia e da universidade inglesa King's College, que já tem outras cinco parcerias com a universidade paulista para pesquisas.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Andrea Mantesso, que leciona nas duas instituições, foi detectada a existência de células-tronco na polpa dos 20 dentes de leite que cada ser humano tem. Essas células poderiam ser usadas para desenvolvimento de novos dentes e até de outros tecidos, como ossos, músculos e nervos. O processo ainda permite a obtenção de células-tronco a um custo menor e sem a necessidade de cirurgia nos doadores.
“A principal vantagem de se trabalhar com células-tronco de dentes é o acesso fácil aos tecidos”, disse Mantesso, em entrevista à Agência Brasil. “No caso dos dentes de leite, pelo fato de eles caírem por si só, temos 20 oportunidades de coleta de material.”
A professora afirmou também que pesquisas para uso das células na produção de novos dentes ainda estão em estágio inicial. Já para a produção de novos tecidos, estão mais avançadas. Mesmo assim, é impossível dizer quando a técnica será aplicada em pacientes. “Seria um chute no escuro”, disse ela.
O novo centro de pesquisas da Faculdade de Odontologia da USP deve ser inaugurado no ano que vem.
Leia mais
.: Especialista em bioética esclarece dúvidas sobre células-tronco
.: Células tronco e os mistérios da vida
.: Todas as notícias sobre o assunto
Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias
Conteúdo acessível também pelo iPhone – iphone.cancaonova.com