Moysés Azevedo participou hoje do Congresso Nacional da RCC, que marca o Jubileu de Ouro do movimento
Jéssica Marçal
Da Redação
As comemorações pelo Jubileu de Ouro da Renovação Carismática Católica continuam nesta sexta-feira, 30, na sede da Comunidade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP). A manhã começou com animação conduzida pelo padre Marcelo Rossi, um dos ícones do movimento carismático no Brasil.
“A multidão dos fiéis era um só coração (At 4, 32)” foi o tema da primeira pregação da manhã, feita pelo fundador e moderador geral da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo. A Shalom é uma das comunidades expressivas dentro da RCC; ela está presente em dioceses em vários países com a missão de evangelizar e formar filhos de Deus.
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.: Transcrição de trechos da pregação
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Moyses citou os elementos fundamentais da Renovação Carismática Católica, lembrando que o Papa Francisco tem insistido em olhar para a Renovação e compreendê-la como uma corrente de graças, que não é homogênea, mas inclui diversidade de realidades, um sopro renovador do Espírito para todos os membros da Igreja.
O primeiro elemento dessa corrente de graças é o Batismo no Espírito Santo e o derramamento dos carismas. “Quando a gente tem essa experiência do Batismo no Espírito Santo a nossa vida se transforma. Estamos celebrando 50 anos e é oportuno a gente se recordar disso; é uma coisa que marca a nossa história, a nossa vida”, disse Moyses, partilhando sua própria experiência, quando ainda era bem jovem, aos 16 anos de idade.
Uma segunda dimensão muito forte dessa corrente de graças é o reconhecimento de que Jesus é o Senhor. “Quem faz essa experiência do Batismo no Espírito Santo tem e entra nesse mistério, nessa rendição do coração a Jesus, o Senhor. (…) A partir desse momento nós não queremos viver mais para nós mesmos, queremos viver para Ele (Jesus)”.
As novas comunidades
Moyses citou como terceiro elemento da RCC o carisma fundador, que faz surgir as chamadas novas comunidades. Trata-se de homens e mulheres que fundaram as comunidades não por sua própria cabeça, mas por inspiração, por unção e desígnio do próprio Espírito.
“Eu me lembro do nascimento da comunidade (Shalom), desculpe, mas eu nem sabia o que estava fazendo! Eu tinha um desejo imenso de dar de graça o que de graça eu recebi, principalmente para os jovens (…) Estava claro pra mim, o Espírito Santo movia o meu coração, eu deveria entregar a minha vida e a minha juventude para evangelizar os jovens mais distantes de Cristo e da Igreja, e com eles, os homens, as mulheres, a humanidade”.
Propósito: a evangelização
Tudo isso, segundo Moysés, é feito por Deus para a missão, para a evangelização do mundo, como uma resposta do Espírito Santo para os tempos de hoje.
Concluindo a pregação, Moyses falou do quinto elemento da RCC que é a unidade: unidade para a missão. Ele citou o Papa Francisco, que fala de unidade como harmonia, dando como exemplo uma orquestra em que cada instrumento, com sua identidade, gera uma harmonia.
É o Espírito Santo, disse Moyses, que suscita a diversidade e, ao mesmo tempo, a unidade e a harmonia. “Unidade não é uniformidade, unidade é harmonia. Os carismas são diferentes, mas pertencemos e temos os elementos comuns dessa corrente de graças, dessa efusão do Espírito Santo e somos chamados a gerar essa harmonia entre nós”.
E o caminho para construir a unidade está no Evangelho. “Buscar a glória de Deus e o serviço aos homens, aí a gente vai ver que ninguém é ameaça, vamos estar juntos porque cada realidade é um dom de Deus para buscarmos juntos a glória de Deus e o serviço à humanidade”.
Programação
Finalizando a manhã, a programação do Congresso Nacional da RCC segue com a pregação de Maria Eugênia de Gôngora (Sheny), que tem como tema “E com eles estava Maria (At 1, 14).
Na parte da tarde, a partir das 14h20, o evento terá o testemunho do padre colombiano Diego Jaramillo, e às 16h a Santa Missa presidida pelo arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira.