Eleições 2016

Jovens têm papel importante nessas eleições, diz TRE-SP

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os jovens entre 16 e 29 anos representam 27% do eleitorado nacional e podem definir eleições

André Cunha
Da redação

O número de candidatos jovens a cargos públicos cresceu em 2016, quando comparado com as eleições de 2012, de acordo com as estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral.

Em 2012, 93.980 pessoas com idade entre 18 e 34 anos se candidataram aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Em 2016, os números subiram para 100.464 candidatos, com a mesma faixa etária.

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De acordo com a coordenadora de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Eliana Passarelli, esse aumento demonstra o amadurecimento da consciência política dos jovens e também representa um reflexo das manifestações populares que aconteceram no país desde 2013.

“As manifestações influenciaram bastante no ingresso dos jovens na política. Elas geraram essa consciência mais política, da necessidade de participar, sabendo que as transformações passam pela política, que mexe com a vida de todos. Então acho que isso trouxe uma maior consciência em relação com o exercício da cidadania”, explicou.

Para a assessora, o aumento é muito positivo, pois considera que a política precisa se arejar, de novas ideias. “Acho que candidatos mais jovens vão contribuir nesse sentido para a política”.

Jovens eleitores

As próximas eleições também serão marcadas pela força do voto dos jovens. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os jovens entre 16 e 29 anos representam 27% do eleitorado nacional, o que demonstra, para a Justiça Eleitoral, que o voto dessa camada da população deverá ser determinante nas eleições municipais de outubro.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 51 milhões de jovens de 15 a 29 anos, correspondendo a um quarto da população do país. Desses, mais de 75% (38.876.290) estão aptos a votar nas eleições deste ano, segundo dados do TSE. Os jovens entre 25 e 29 anos representam 10,83% do eleitorado; de 21 a 24 anos, 8,71% e de 16 a 20 anos, 7,45%.

Luiz Gabriel

Luiz Gabriel, de Santa Rita de Jacutinga (MG) / Foto: Arquivo pessoal

Luiz Gabriel, de Santa Rita de Jacutinga (MG), faz parte dessa estatística. Aos 17 anos, vai votar pela primeira vez nas eleições de outubro. Apesar de não ser obrigado a votar, escolheu exerceu o direito de voto por entender a importância de seu papel de cidadão.

O envolvimento político de Luiz vai além: ele faz parte do movimento “Atitude Jovem”, que visa incentivar os jovens a tomarem alguma boa atitude pelo bem da política no município. Ele acredita que o voto tem força para transformar as realidades e, inclusive, pode ser responsabilizado pelo atual cenário político do país.

“A crise política atual é resultado da má formação da consciência social de eleitores que depositaram confiança em partidos e candidatos que não mereciam tal confiança”, afirmou Luiz.

Para Eliana Passarelli, o jovem tem uma opinião fundamental sobre os assuntos referentes às cidades. Isso porque ele é um usuário dos serviço locais, então tem que manifestar sua vontade nas urnas. “Ele tem que fazer sua voz ser ouvida”, afirmou.

“É um voto que tende a se amadurecer com o tempo; quanto mais cedo ele começar mais experiência ele vai adquirindo no exercício da cidadania. Então é uma participação muito importante”, considerou.

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