Para estimular pessoas que têm pressão alta a tratarem-se, neste sábado, 26, acontece o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. O evento é uma parceria do Ministério da Saúde com a rede de paróquias da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com as Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e Nefroliga e diversas entidades de portadores. O tema deste ano é "Tratar a pressão alta é um ato de fé na vida".
A distribuição de cem mil cartilhas pelo Ministério da Saúde para toda a rede básica e equipes do Programa de Saúde da Família foi uma das iniciativas da campanha. A cartilha traz informações sobre hipertensão arterial e alertas de por que tratá-la e como controlá-la.
Cerca de 15 Igrejas Católicas, além de igrejas pertencentes ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) que congrega para 6 diferentes religiões, Conselho e a Confederação Israelita do Brasil (CONIC), também apóiam a campanha. Em diversos pontos do País, os fiéis serão conscientizados quanto a necessidade de prevenir e tratar a hipertensão.
A cidade de São Paulo participa do evento promovendo uma caminhada da Praça da Sé até o Teatro Municipal a partir das 9 horas.
As Ligas da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) também terão forte participação este ano no Brasil. Serão realizadas atividades de medição da pressão arterial, ações educacionais e promoções de atividades físicas.
"Viver com qualidade e prevenir a doença é possível". É o que defende a coordenadora nacional de Hipertensão e Diabetes, Rosa Sampaio. Segundo ela, modificações no estilo de vida, como alimentação adequada, consumo moderado de sal, controle do peso, prática de atividade física e evitar o tabagismo e o uso abusivo do álcool ajudam no tratamento e na prevenção da doença. “A hipertensão arterial é mais freqüente das doenças cardiovasculares e também é o principal fator de risco para as complicações mais comuns, como acidente vascular cerebral, infarto e doenças renais crônicas”, afirmou a coordenadora.
Dados da Vigitel
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 21,6% da população, ou seja, 26,5 milhões de pessoas, com idade de 18 anos ou mais tem hipertensão.
O Sistema de Vigilância indica que a cidade do Rio de Janeiro é a capital com maior índice de hipertensos: 27%. O menor percentual é de Palmas (TO): 13,8%. No Distrito Federal, a hipertensão é referida por 18,4% dos entrevistados. Entre os homens, Recife é a capital com mais diagnóstico auto-referido de hipertensão (25,5%). O Rio de Janeiro é a capital onde mais mulheres declaram ter a doença (31%) no país.
Considerando o conjunto da população adulta das cidades estudadas, observa-se que mais mulheres (25,1%) do que homens (20,3%) referem o diagnóstico médico prévio de hipertensão arterial. Em ambos os sexos, a referência a diagnóstico de hipertensão arterial aumenta com a idade. Na população acima de 55 anos, 49% são hipertensas.
Além disso, a hipertensão é mais comum em indivíduos com até oito anos de escolaridade: 28,8% da população são portadores da doença. Entre mulheres é mais marcada a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico prévio de hipertensão arterial: enquanto 33,4% das mulheres com até oito anos de escolaridade referem diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em 15,1% das mulheres com doze ou mais anos de escolaridade.