Economia

Inflação acumulada em 12 meses é de 4,08%, menor desde julho de 2012

Com o resultado de abril, a inflação dos últimos doze meses é de 4,08%, a menor taxa em doze meses desde os 3,74% de julho de 2007

Agência Brasil

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou abril com variação de 0,14%, resultado 0,11 ponto percentual inferior ao de março (0,25%), passando a acumular nos quatro primeiros meses do ano alta de 1,1%. Nos primeiros quatro meses do ano passado a inflação acumulada pelo IPCA foi de 3,25%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 10, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de abril, a inflação dos últimos doze meses é de 4,08%, a menor taxa em doze meses desde os 3,74% de julho de 2007 e 0,83 ponto percentual inferior aos 4,57% acumulados nos doze meses encerrados em março.

Os dados do IPCA, a inflação oficial do país, indicam ainda que, em abril de 2016, a taxa havia subido 0,61%. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, abrange famílias com rendimento de até 40 salários mínimos e envolve dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.

Energia e combustíveis têm queda

A queda de 0,11 ponto percentual na taxa do IPCA de março para abril reflete o recuo dos preços da energia elétrica e dos combustíveis. Segundo o IBGE, no caso da energia elétrica os preços caíram 6,39%, enquanto os preços dos combustíveis tiveram redução de 1,95%.

“Com a queda nas contas, a energia, responsável pela significativa parcela de 3,5% da despesa das famílias, representou o maior impacto negativo no ranking do mês (menos 0,22 ponto percentual). Já os combustíveis, responsáveis por parcela ainda mais significativa, de 5% das despesas das famílias, vieram em seguida, com menos 0,1 ponto percentual, uma vez que a queda foi menor”, diz o IBGE.

No caso da energia elétrica, a queda de 6,39% foi influenciada por descontos aplicados sobre as contas, por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de modo a compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER) destinado a remunerar a usina de Angra III.

Com a redução no preço da energia elétrica, as despesas com o grupo habitação caíram de março para abril para menos 1,09%, ocorrendo deflação – inflação negativa. Assim, o item habitação ficou tanto com a mais expressiva queda por grupo quanto com o mais significativo impacto.

Já a queda no preço dos combustíveis levou a que o grupo transporte fechasse também com deflação de 0,06%. O litro da gasolina ficou 1,75% mais barato e o etanol, 3,33%. Houve no grupo pressão das passagens aéreas, com alta de 15,48%, e dos ônibus urbanos: 0,69%.

Do lado dos itens que se mostraram em alta sobressai o grupo saúde e cuidados pessoais (1%), tendo os medicamentos na liderança dos principais impactos no índice do mês. É que os preços aumentaram 1,95%, gerando impacto de 0,07 ponto percentual.

Em alimentação e bebidas, a variação de 0,58% refletiu aumento nos preços de vários produtos, como tomate (29,02%) e batata-inglesa (20,81%). Em contraposição aos itens anteriores, alguns produtos, como óleo de soja (-4,17%) e arroz (-1,69%) ficaram mais baratos.

Em relação aos índices regionais, os resultados ficaram entre  -0,22% na região metropolitana de Salvador e  0,54% no Distrito Federal. Em São Paulo, a taxa variou 0,16% e, no Rio de Janeiro, 0,38%. Em ambos os casos, o resultado ficou acima do IPCA a nível nacional de 0,14%.

INPC varia 0,08% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias de menor renda (de até cinco salários) apresentou variação menor do que o IPCA em abril: 0,08%. O resultado é 0,24 ponto percentual menor que a taxa de março, cuja alta foi de 0,32%. No acumulado dos últimos doze meses, o INPC caiu dos 4,57% de março para 3,99% em abril. Em abril de 2016, o INPC anotou alta de 0,64%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,58% em abril, enquanto em março registraram alta de 0,32%. Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Recife (0,6%). O menor índice foi registrado em Campo Grande (-0,38%).

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