Logística é campo da administração designado a prover recursos
André Prado*
A logística é um campo da administração designado a prover recursos envolvendo segmentos, como: economia, engenharia, tecnologia, estatística e outros. Este importante setor, dentre outras funções, é responsável pelo gerenciamento de materiais, planejamento, armazenamento, transporte e distribuição do que é produzido pelas organizações.
A Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management) é um conceito de como fazer logística para criar valor aos clientes, gerenciar bens e serviços para alcançar vantagens estratégicas competitivas para as empresas.
Em outras palavras, a logística é muito significativa não apenas para as corporações, mas para o país inteiro. No Brasil, um país voltado à exportação de produtos primários (commodities), é primordial buscar eficiência no escoamento de mercadorias para a distribuição nacional e exportações.
Entretanto, para que um país realize isto de forma eficiente, torna-se necessário a realização de investimentos. Consagrado o maior país da Ásia Oriental, a China, um exemplo a ser seguido em termos de investimentos e crescimento econômico, continua crescendo positivamente com ou sem desacelerações.
Invejada até mesmo pelos países desenvolvidos, o país asiático investiu pesadamente em logística, criando aeroportos, ferrovias, estradas, portos, empresas e infraestrutura em diversos segmentos. Assim efetivou-se a viabilidade do crescimento econômico de maneira sustentável. A China também investiu maciçamente em Educação, pois este quesito traz reflexos econômicos positivos.
Não investir em estradas, assim como cobrar pedágios de valores elevados, aumenta o custo de tudo o que é distribuído, pois rodovias com problemas danificam os meios transportes que necessitam das vias para a circulação de mercadorias, aumentando o valor do produto entregue ao consumidor.
Modal em Logística
Modal em logística relaciona-se aos veículos e as formas de trafegar pelas vias. Existem alguns tipos conhecidos de modais, por exemplo: Rodoviário (transporte pelas rodovias); Aquaviário (transporte pelas águas do mar, rios ou lagos); Ferroviário (transporte em superfícies de ferro); Aéreo (transporte por meio de aeronaves) e Dutoviário (transporte pelas tubulações).
As organizações dependem dos modais para distribuir a produção, necessitando analisar as viabilidades e os custos de cada forma de distribuição. Desta forma, o país tem de investir em infraestrutura para que os produtos cheguem ao seu destino.
Estima-se no Brasil que mais de 50% das mercadorias são distribuídas via modal rodoviário. Concentrar uma distribuição significativa em um modal específico não é uma solução inteligente, pois um evento como a greve dos caminhoneiros é capaz de impedir a distribuição de parte considerável de alimentos, combustíveis, remédios e assim por diante.
Cabe ressaltar que a maior parcela da frota que realiza o transporte rodoviário no país, não tem motores eficientes e prejudicam consideravelmente o meio ambiente, gerando poluição e impactando na qualidade do ar. Alguns dados indicam que o transporte rodoviário é responsável por 90% dos gases poluentes emitidos, afetando a saúde das pessoas.
Nos países da União Europeia existem as Normas Euro, regras relativas às emissões de poluentes. Inclusive, muitas cidades da Europa já restringem ou impedem a circulação de veículos nas proximidades dos centros urbanos e até mesmo em estradas. Com isto as montadoras de veículos estão tendo que se adequar à produção de motores mais eficientes e menos poluidores.
É digno de nota frisar que o transporte público brasileiro também deve buscar opções e ampliação. No país existem grandes cidades cuja malha de trens e metrôs ainda são muito restritas. O cidadão-contribuinte tem de ter opções de deslocamento mediante variados tipos de transportes, bem como qualidade nestes meios para se locomover a diversos lugares.
Resumidamente, a lição que fica dos últimos acontecimentos que afligiram o país é que o governo, empresários ou investidores devem procurar investir em outros tipos de modais para não concentrar a distribuição em um único tipo, o rodoviário.
Em termos da quantidade de petróleo produzido o Brasil é tido como autossuficiente. Porém, especialistas apontam que o petróleo brasileiro é difícil de refinar por ser denso. Por este motivo, a Petrobras exporta parte de nosso petróleo pesado e importa óleo leve para realizar a mistura no processo de fabricação de combustíveis.
Esta aquisição dos barris pagos em dólares acaba por elevar o preço dos combustíveis produzidos no país. Assim sendo, a Petrobras tem de investir ainda mais em refinação de óleo denso para diminuir a necessidade de importação de óleo leve, visando a minimizar o custo da produção dos combustíveis brasileiros considerados elevados em relação a outros lugares do mundo.