Cantora conta como foi a experiência de coordenar a versão e gravação do hino e ressalta a importância que ele tem na JMJ
Jéssica Marçal
Da Redação
Jovens brasileiros e de vários outros países falantes da língua portuguesa já podem entoar o hino da Jornada Mundial da Juventude 2019 (Panamá), cuja versão em português foi apresentada nesta segunda-feira, 14. A cantora Ziza Fernandes, junto à Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), coordenou a versão bem como a gravação do videoclipe. Para ela, foi uma experiência de extrema responsabilidade e confiança.
“Foi um frio na barriga, na espinha, de medo de errar!”, brincou a cantora, dizendo que nunca esperava um convite desse por parte do Comitê Central. “Fiquei muito feliz e honrada de ser convidada”.
Cinco artistas do mundo todo foram convidados para fazer as versões do hino nos idiomas oficiais da Jornada e, entre eles, Ziza foi convidada para a versão em português. “Foi uma oportunidade de voluntariado única, eu não tinha nem como dizer não”, relata a cantora, que desde outubro do ano passado vem trabalhando na versão do hino.
Segundo Ziza, no mínimo 100 pessoas estiveram envolvidas nesse trabalho: só de artistas, foram 29, além da equipe dos Jovens Conectados – site da comissão da CNBB para a juventude – e instrumentistas. A comunicação e o alinhamento das agendas de todos os envolvidos foram fatores elencados por Ziza como um dos desafios.
“Cada fase tem um desafio diferente (…) A primeira dificuldade foi a normal, de comunicação, de encontrar todos, estabelecer diálogo. O próximo foi encontrar a data comum entre todos (…) Veio gente de muito longe para gravar o hino: do Ceará, do interior de São Paulo, do Paraná, do Rio Grande do Sul”, exemplifica.
Mas em meio às dificuldades, um ponto facilitador foi a generosidade dos envolvidos. “A generosidade e simplicidade de todos os artistas, sem exceção, foi muito facilitadora do caminho. Foram dias lindos, de muita colaboração de todos. Foi realmente um espírito de Jornada Mundial. As dificuldades foram grandes, mas vencidas pela generosidade mútua”.
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A importância do hino na JMJ
O hino da JMJ já é um aspecto tradicional, em especial no caminho de preparação da juventude para o evento. Para Ziza, o hino é aquele fator que abre esse caminho, motivando as pessoas a ter uma experiência marcante, e justamente por isso ele é pensado em todos os idiomas oficiais do evento.
“O hino é o porta-voz da experiência máxima da Jornada, é como se ele carregasse o fio de ouro de toda uma experiência que vai ser vivida por milhares e milhares de pessoas. É de uma responsabilidade grande fazê-lo ser conhecido”.
Além disso, o hino é sempre um ponto marcante na experiência vivida no evento. Ziza partilha, por exemplo, a experiência que ela mesma teve quando cantou a parte em português do hino da JMJ no Canadá (2002), para o então Papa João Paulo II.
“Cada vez que eu escuto esse hino eu me remeto a uma experiência fortíssima, a uma entrega, a uma mudança de vida, aquele hino marcou a minha vida para o resto da minha história. O hino também tem uma função histórica, de marco biográfico na vida de uma pessoa. Nunca mais ela esquece aquela canção, porque aquela canção vai colorir uma experiência com Deus, é como se fosse realmente uma trilha sonora de um marco na vida de milhares de jovens”, concluiu.