CNBB destinou 40% do valor arrecadado na Campanha da Fraternidade deste ano para a implementação do Plano
Da redação, com CNBB
Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Diocese de Roraima juntamente com Cáritas Diocesana de Roraima, Cáritas Brasileira, Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Serviço Pastoral do Migrante (SPM), Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR) e entidades parceiras lançaram na manhã, desta terça-feira, 2, em Boa Vista (RR), o Plano Nacional de Integração Caminhos de Solidariedade: Brasil & Venezuela.
Para o bispo de Roraima e presidente da Cáritas Roraima, Dom Mario Antônio da Silva, a capital Boa Vista é ponto de partida do Plano que pretende alcançar cidades do país inteiro e também na Venezuela, sobretudo as cidades de onde o fluxo de pessoas que vêm para o Brasil é maior. “Esse lançamento não é um evento, mas um processo. Queremos que se prolongue e se amplie por todo o Brasil. Não é uma bolha, pois tem incidência e abrangência, também, na Venezuela”, afirma.
Leia também
.: Os desafios dos imigrantes venezuelanos em Roraima
.: Imigrantes venezuelanos foram assunto na Assembleia da CNBB
Segundo Dom Mário, o Plano encoraja a diocese e todas as entidades que estão atuando no serviço aos migrantes e refugiados a continuarem no atendimento a essa população, mas também sem esquecer os brasileiros que necessitam de especial atenção. “É possível com a solidariedade e empenho, fazer com que o plano de integração atinja o coração das pessoas na acolhida aos migrantes em todo o Brasil”, disse.
O bispo também agradeceu a CNBB pela destinação de 40% Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) – valor arrecadado na Campanha da Fraternidade deste ano -, para a implementação do Plano Caminhos de Solidariedade. “Deus se preocupa com a felicidade daqueles que lutam e defendem a vida. Preocupemo-nos em defender a vida em todas as suas necessidades”, lembra dom Mário.
O projeto Caminhos de Solidariedade: Brasil & Venezuela pretende alcançar cerca de 90 Arquidioceses e Dioceses. Nesta proposta, as Igrejas serão convidadas a acolher migrantes e refugiados venezuelanos em seus territórios por meio de ações solidárias que visam promover, além da acolhida, a proteção, promoção e integração dos migrantes no Brasil.
Participaram do lançamento do Plano representantes do Serviço Pastoral do Migrante (SPM), Cáritas Brasileira, Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), professores e pesquisadores da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Fraternidade sem Fronteiras, Organismos da Igreja Católica, Congregações Religiosas e Agentes de Pastoral.
Histórico
O Projeto nasceu a partir da visita da Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB à diocese de Roraima, em março deste ano, e se concretizou após uma oficina de planejamento, organizada pela Cáritas Brasileira, com a participação das entidades envolvidas no Plano, em julho deste ano, em Brasília (DF).
Diante da crise migratória no mundo, a orientação do Papa Francisco para respostas efetivas da Igreja estão pautadas nas articulações em torno de quatro verbos que encontram seus fundamentos na Doutrina Social da Igreja: acolher, proteger, promover e integrar.