Dia do Catequista será comemorado neste domingo, 27, dentro do contexto do mês vocacional
Da Redação, com CNBB
A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou mensagem para os catequistas de todo o Brasil por ocasião do dia a eles dedicado, 27 de agosto. Neste dia, o domingo é dedicado ao leigo, dentro do contexto do mês vocacional.
O texto é assinado pelo arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão, Dom José Antônio Peruzzo. Ele afirma que escrever para a ocasião pode até ter se tornado um hábito que se repete a cada ano, mas é algo que tem sentido quando se recordam tantas experiências catequéticas de amor, de dor, de cruz e de vitórias.
Leia também
.: Com tema mariano, Igreja no Brasil celebra mês vocacional
“Lembra daquele catequizando (a) repleto de muitas carências, que esboçou um sorriso tímido ao receber seu gesto de ternura de catequista? É bem possível que a Catequese seja um dos poucos ambientes em que alguém lhe manifestou afeto. E Você Catequista estava lá para amar aquele (a) que Deus queria abraçar. Nem Deus nem o catequizando vão esquecer”, afirma um trecho da mensagem.
Confira, a seguir, a íntegra da mensagem:
Querido Irmão, querida Irmã Catequista,
Transcorrerá no dia 27 de agosto de 2017 o Dia do Catequista. Como o tempo parece muito veloz escrever-lhe outra vez pode até parecer apenas um hábito que se repete a cada ano. Mas se lançarmos um olhar às tantas experiências catequéticas de amor, de dor, de cruz e de vitórias, então as lembranças conferem sentido a estas linhas. Esta carta, além de uma palavra de gratidão em nome dos Bispos do Brasil, quer lhe encorajar à perseverança.
Lembra daquele catequizando(a) repleto de muitas carências, que esboçou um sorriso tímido ao receber seu gesto de ternura de catequista? É bem possível que a Catequese seja um dos poucos ambientes em que alguém lhe manifestou afeto. E Você Catequista estava lá para amar aquele(a) que Deus queria abraçar. Nem Deus nem o catequizando vão esquecer. Se por um lado houve caminhos espinhosos, por outro, quão belas devem ter sido aquelas experiências de amor gratuito!!
Enquanto escrevo recordo a página de um excelente catequista de outros tempos. Refiro-me ao evangelista Mateus. Em Mt 14,14 ele destacou que “Jesus, ao ver a grande multidão, sentiu compaixão…”. Instantes depois os discípulos, preocupados com suas próprias impossibilidades, ouviram do seu Senhor: “Dai-lhes vós mesmos de comer…”. Eles perceberam que lhes faltava quase tudo. “Só temos cinco pães e dois peixes”. Ainda outros instantes e eis aqueles que tinham “só cinco pães” a oferecer da imensa generosidade amorosa do Senhor. O evangelista com sensibilidade catequética completou: “Ele deu aos discípulos, e os discípulos às multidões” (14,19).
Façamos agora um pequeno exercício de imaginação. Vamos recordar quão grandes são as necessidades das nossas comunidades, dos nossos catequizandos, das suas famílias… Mais um passo e agora pensemos nas nossas pequenezas. Se o Senhor Jesus estiver por perto, falemos-lhe sobre “Só o que temos…”. O que ouviríamos? Ele aguarda nossa palavra. E eles, os catequizandos, como que a nos olhar, também estão a observar nossos gestos.
Não precisamos oferecer do que não temos. Mas do que o Senhor tem a nos dar, dos seus dons, destes podemos transbordar. Vale lembrar que “Ele deu aos discípulos, e os discípulos às multidões”. Quando as forças faltarem, se as motivações diminuírem, se as desilusões lhe cansarem… entre tantas vozes, escolha a voz do Senhor. Ouça-o. Ele não deixará os seus escolhidos sem respostas. Como no caso dos discípulos, não lhes tirou nada, e lhes deu tudo.
Em nome da CNBB, que representa os Bispos do Brasil, com muita afeição quero manifestar às centenas de milhares de Catequistas do Brasil as mais fortes palavras de gratidão. Que Deus lhes multiplique em bênçãos pela grande Bênção que são à nossa Igreja.
Dom José Antonio Peruzzo
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-Catequética da CNBB