CN em Foco

Dom Clasen explica por que Igreja propõe Semana da Vida

Para o Bispo, uma “semana de impacto” é necessária para conscientizar as pessoas sobre o valor e a riqueza da vida

Luciane Marins
Da redação

Dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato / Foto: Diocese de Caçador (SC)

Dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato / Foto: Diocese de Caçador (SC)

A Igreja no Brasil celebrou de 1º a 8 de outubro a Semana Nacional da Vida. A iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quer despertar, não só nos fiéis católicos mas em toda a sociedade, a consciência sobre a dignidade da vida humana.

Sobre o tema, o Canção Nova em Foco desta semana conversa com Dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato e Bispo de Caçador (SC), que escreveu a apresentação do subsídio “Hora da vida” 2014. O texto, direcionou as reflexões nas paróquias de todo País.

Dom Clasen se recorda da Assembleia da CNBB de 2005, ocasião em que foi instituída a Semana Nacional da Vida. Recém-nomeado bispo, essa foi a primeira assembleia da qual participou.

Diante de tantas ameaças como o aborto, a eutanásia e a exclusão, a Igreja discerniu que seria importante ter um período de reflexões e atividades para conscientizar as pessoas.

“Precisamos ter uma semana de impacto de cuidado pela vida, de sensibilizar o ser humano que é importantíssimo que criemos e sacramentemos na consciência de todos o valor da vida, a riqueza da vida. Diante disso: o que fazer? Vamos fazer uma semana de reflexões, de programações, atividades. Aí, criamos a Semana da Vida e um dia específico para aquele que mais precisa ser cuidado, que menos defesa tem, que é a criança no útero materno, o nascituro.”

.: Ouça íntegra da entrevista

Ele destaca que a grande preocupação dos Bispos “é o cuidado pela vida. Nossa grande missão como pastor é cuidar da vida das ovelhas”.

Dom Clasen acredita que a sociedade deve ser formada para valorizar a vida, ele defende que nesse processo é preciso conhecimento e raciocínio além da sensibilidade. O Bispo destaca que o caminho é lento, porém nesses quase dez anos da proposta da CNBB já é possível constatar bons frutos.

Em sua diocese por exemplo, há pouco tempo não se falava sobre o assunto, mas agora os paroquianos promovem debates, encontros, programações e visitas para refletir e ter ações a favor da vida. “Aqui estão falando coisas bonitas. Nesse mundo sujo, de consumismo, individualismo, de repente, começa a surgir uma força positiva.”

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A Semana Nacional da Vida não é a única iniciativa da CNBB proposta aos fiéis e à sociedade para a reflexão de temas relacionados à dignidade da vida humana. A Campanha da Fraternidade, que neste ano teve como tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e a Semana Nacional da Família “A Espiritualidade cristã na Família: um casamento que dá certo”, são outras iniciativas que têm dado certo.

“São temáticas fortes em momentos oportunos. A Igreja entra numa temática forte para preservar e salvar a vida, devolver às pessoas o senso crítico, a recuperação de valores que estão se perdendo.”

Na apresentação do subsídio “Hora da Vida” 2014, que tem como tema “Vida e Missão: lançar as redes em águas mais profundas”, Dom Clasen destacou justamente a necessidade de se buscar mais conhecimento, especialmente sobre temáticas desta relevância, para não se deixar levar pelo modismo, sensacionalismo ou pela mídia.

Na entrevista, o Bispo explica ainda sobre o valor da vida humana, e destaca o exemplo de São Francisco de Assis, que irradiava seu amor pela vida por onde passava.

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