A pedido do Papa, homens e mulheres de boa vontade são incentivados nesta semana a realizar ações de caridade em favor dos mais pobres
Kelen Galvan
Da redação, com colaboração de Júlia Beck
Nesta semana, acontece em todo o mundo a 1ª Jornada Mundial dos Pobres, com o tema “Não amemos com palavras, mas com obras”. Instituída pelo Papa Francisco no encerramento do Ano da Misericórdia, os cristãos são convidados até o próximo domingo, 19, a se abrirem à partilha e sinais concretos de caridade e solidariedade para com os mais necessitados.
A pedido do Papa Francisco, a Cáritas em todo o mundo ficou responsável por animar a Jornada Mundial dos Pobres e, no Brasil, a celebração foi inserida nas atividades da Semana da Solidariedade, realizada pela Cáritas Brasileira há mais de dez anos.
“Este ano nós queremos conjugar as duas coisas, e fazer da Jornada Mundial dos Pobres, além de olhar a realidade da pobreza e identificar os sinais de vulnerabilidade, promover com que a sociedade se organize e se mobilize para enfrentar essa realidade”, explica o diretor-executivo da Cáritas Brasileira, Luis Claúdio Lopes da Silva (Mandela).
Para orientar as atividades desta semana, a Cáritas preparou um subsídio com duas propostas de ações: “Ruas Solidárias” e “Rodas de Conversa”, detalhadas na cartilha e que servem de base para outras iniciativas focadas na hospitalidade.
Oração e ação
Mandela destaca que a jornada dos pobres quer colocar no centro da dimensão cristã a perspectiva de agir em favor dos mais vulneráveis, relacionando de forma muito integrada a oração com a ação junto à sociedade. “Não é uma ação social por si só, é uma ação da vida cristã. É fundamental que o cristão batizado possa fazer isso, olhando aqueles que estão em necessidade. É a perspectiva do Bom Samaritano, da igreja em missão”, enfatiza.
Na mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres, o Pontífice incentiva os fiéis a ter atitudes concretas de amizade e solidariedade para com os mais pobres, tendo sempre como base a oração, e afirma que será um “momento propício para encontrar o Deus que buscamos”.
Francisco também explica que sua intenção ao criar este dia mundial é que as comunidades cristãs se tornem “o melhor sinal concreto da caridade de Cristo”. Para o diretor-executivo da Cáritas, esse pedido do Santo Padre fortalece a intenção de que essa solidariedade, que é momentânea e pontual, se constitua em algo permanente.
“Além daquela contribuição que cada um faz na sua paróquia, que as pessoas consigam, de forma permanente, ter um engajamento das comunidades cristãs naquilo que é essa fragilidade, essa vulnerabilidade existente em grande parte da sociedade brasileira e quem sabe, possamos continuar contribuindo para essa solidariedade internacional, seja acolhendo os migrantes e refugiados, ou ajudando para que restabeleçam sua condição de vida nos países de origem”, diz Mandela.
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