Prevenção

Dezembro Laranja: campanha alerta sobre incidência do câncer de pele

Anualmente, são 175 mil novos casos, o que corresponde a 33% de todos os diagnósticos da doença no país

Thiago Coutinho
Da redação  

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano o Brasil registra 175 mil novos casos de câncer de pele — o que corresponde a 33% de todos os diagnósticos de câncer no país ou 1 entre cada 4 casos de câncer diagnosticados se origine na pele ou nas mucosas.

A fim de sensibilizar a população acerca das maneiras de se prevenir a doença, é realizada a campanha Dezembro Laranja, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Não por acaso, a iniciativa acontece na época do ano em que o verão chega ao Hemisfério Sul e, por conseguinte, o sol atua com mais força. 

A doença surge por conta do crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Existem diversos tipos de câncer de pele, que são divididos em dois grupos: os melanomas e os carcinomas (também conhecidos como “câncer de pele não-melanoma”). Os carcinomas, os mais comuns, representam 95% dos tumores malignos de pele, sendo o carcinoma basocelular o mais comum e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular, o mais grave. Estão diretamente ligados à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV) e atingem, sobretudo, as pessoas de pele clara. 

O melanoma, por suas vez, são mais raros — representam 5% dos casos. São, por outro lado, os mais agressivos. Sua origem remete aos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção do pigmento (melanina) que dá cor à pele. Por isso, costumam se manifestar como pintas de cor escura (negro ou castanho). Expor-se ao sol de forma desprotegida é a maneira mais comum de se contrair a doença — muito embora o melanoma tenha forte influência genética.

“A prevenção é a proteção solar: usar roupas adequadas, protetores e filtros, evitar a exposição das 10h às 16h, usar chapéu, expor-se, mas de uma forma consciente”, explica a dermatologista Thaís Maria de Carvalho.

Mesmo em dias nublados, quando o sol não está tão aparente, o ideal é não se descuidar e aplicar o filtro solar. “E fazer isso não apenas uma, mas várias vezes, porque o filtro solar não dura o dia inteiro”, adverte Thaís. “Em média, reaplicar a cada três ou quatro horas, isso se não tiver uma exposição direta ao sol. Se tiver, tem que aumentar, e depende muito se a pessoa sua muito ou se o protetor é resistente à água”, acrescenta. 

Tipos de protetor

Antes de adquirir um protetor solar, é bom que se atente para os tipos existentes no mercado. Segundo a dermatologista, é importante que o rótulo traga a informação de que o filtro possui proteção UVB ou UVA. “Tratam-se dos tipos de radiações ultravioleta”, detalha Thaís. “Esta proteção, o número do filtro solar, é o UVB e o nível 30 é o mínimo indicado”, diz. 

É bom ressaltar que o câncer de pele pode, sim, surgir mesmo em áreas cobertas do corpo. “A frequência é muito maior nas áreas expostas, o câncer melanoma e os não-melanoma, os mais comuns, têm predileção por locais em que você tomou sol, mas podem aparecer em locais em que você não teve exposição celular”, garante. 

Segundo o INCA, a hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isto, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.

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