Clima de normalidade

Cuba completa amanhã três meses sem Fidel no poder

(ANSA) O presidente cubano Fidel Castro cumpre amanhã (26/10) três meses sem aparecer em um ato público, depois de ser operado de urgência, no meio de todo tipo de boatos sobre a sua saúde e a quase 40 dias de ter sido visto convalescente pela última vez, em fotografias ou vídeos divulgados pela imprensa oficial.
Apesar do clima ser de normalidade em Havana e no resto de Cuba, há mais de um mês os cubanos não vêem uma foto de Fidel. A última data de 18 de setembro, ao lado do deputado argentino Miguel Bonasso, no local onde convalescia. Desde então só se sucederam declarações oficiais que falam de sua recuperação, entre elas as de seu irmão e presidente interino Raúl Castro, que divergem das versões provenientes de Miami que sugerem um agravamento de seu estado de saúde. Muito além da guerra de boatos conflitantes que periodicamente se espalham pelo país, os cubanos continuam o seu complicado dia-a-dia, alheios às especulações e mais centrados em resolver seus problemas diários, que passam pelo transporte e pela escassez de produtos. Há três meses, o governante festejava em 26 de julho mais um aniversário do começo da luta revolucionária com um discurso pronunciado na cidade de Holguin, a leste do país, a segunda de duas mensagens previstas, depois de voltar de uma cúpula do Mercosul em Córdoba, na Argentina. Segundo fontes locais, na madrugada desse dia Fidel teve que ser levado de urgência para Havana, onde foi operado de sangramento intestinal no dia seguinte. Em 31 de julho a nação foi surpreendida com uma proclamação oficial. O homem que desde 1959 determina o destino do país anunciou então que o seu irmão, o general Raúl Castro, o substituiria provisoriamente no comando do país. Começava assim um período no qual só um punhado de dirigentes, não mais do que sete segundo analistas, conhece em detalhes o estado de saúde do presidente, que cumpriu 80 anos em 13 de agosto e disse que os festejaria publicamente em 2 de dezembro, no aniversário do desembarque do navio Granma. Não há boletins médicos sobre Fidel, cujo estado de saúde foi declarado "segredo de Estado" porque "uma indiscrição pode beneficiar o inimigo", segundo afirmam funcionários cubanos. Não obstante, se sucedem mensagens oficiais otimistas, às quais se opõem boatos inversos provenientes do setor anticastrista, principalmente de Miami.

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