O bom resultado dos colégios católicos no Exame Nacionam do Ensino Médio (Enem), divulgado recentemente, revelou que o ensino religioso pode gerar muito mais do que bons profissionais, uma vez que a formação cristã educa as pessoas para que elas façam a diferença no mundo.
Para o vigário episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, através de diversos carismas, os colégios católicos recolhem muitos frutos para a Igreja e também para toda a sociedade, como o Colégio São Bento, que recebeu novamente o 1º lugar no Enem.
"O Colégio São Bento, com austeridade beneditina e responsabilidade, forma homens para o futuro com o coração evangelizador. Os alunos dos colégios católicos são instrumentos para formar homens e mulheres para o dia de amanhã, não só com conteúdo pedagógico, mas também dentro de valores evangélicos", avaliou o vigário.
Segundo Dom Roberto, a excelência do colégio acontece também pela evangelização e pelo envolvimento da família. Para ele, por meio do ensino religioso, os alunos são evangelizadores, ou seja, "são missionários na própria família".
"A experiência tem mostrado que muitos pais têm retornado para a Igreja a partir do testemunho dos filhos", salienta.
Dom Roberto lembra que, antigamente, os pais apenas deixavam os seus filhos nas instituições, mas que, atualmente, os pais participam ativamente da vida escolar e também recebem catequese.
"Os pais queriam que seus filhos tivessem uma formação católica, mas não participavam. Hoje, são os próprios filhos que trazem os seus pais para dentro do colégio, para que eles recebam uma catequese ou recordem a catequese que receberam", destaca.
Dom Roberto também citou o exemplo do Colégio Santa Marcelina, que oferece todos os meses um aprofundamento do catecismo para os pais de seus alunos, especialmente, para os que estão se preparando para a Primeira Comunhão e para a Crisma.
– Eu escutei dos próprios pais que estão procurando esse aprofundamento que eles não querem que seus filhos tenham a primeira e última Eucaristia. Porque, muitas vezes, os filhos não tinham o apoio dos pais para continuar frequentando a Igreja.
O vigário também destaca a importância de investir no potencial evangelizador dos jovens para a preparação da Jornada Mundial da Juventude. Para ele, a grande participação dos jovens durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) revela que eles querem participar da vida da Igreja.
"Eu acredito muito na evangelização, quando ela é bem feita e são dados testemunhos. O papel do jovem é ser discípulo e missionário de Jesus Cristo", afirma.
Dom Roberto conta que há poucos dias aconteceu uma reunião da Conferência dos Religiosos do Brasil, do Regional L este 1, na Arquidiocese do Rio, que tratou sobre a necessidade de intensificar o trabalho de acolhida da JMJ.
"Muitos religiosos estão partilhando a experiência da jornada em suas escolas. Todos devem abrir o coração e o espaço, inclusive, para a acolhida dos peregrinos. Mas, para isso, a preparação deve começar agora", enfatizou Dom Roberto.
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