Ato público

CNBB pede justiça e ética na aprovação do novo Código Florestal

Com um gesto simbólico, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) plantou uma muda de Ipê Branco, em frente à sede da instituição. A iniciativa foi para celebrar o Dia da Árvore e também um ato público, organizado pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, fundado em junho deste ano, na qual a Conferência dos Bispos faz parte.

Representantes de diversas entidades da sociedade civil, ligadas a preservação do meio ambiente, das florestas, dos biomas, e também, os interessados com a configuração do texto do novo Código Florestal, que tramita no Senado, estiveram presentes.

A presidência da CNBB, juntamente com vários outros bispos e religiosos, que participam da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), acompanharam o ato. O presidente da CNBB e Cardeal arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis, deu as boas vindas aos presentes. Segundo o cardeal, a CNBB está acompanhando atenta o trâmite do Código Florestal no Senado. “Queremos que este Código esteja em sintonia com as necessidades dos pequenos agricultores”, afirmou.

O secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, recém-nomeado para bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília destacou, em seu pronunciamento, a necessidade de que o novo Código Florestal esteja adequado para as gerações futuras. “O Código deve ser pensado para além de nossa geração, mas para as gerações futuras. Ele [o código] deve ser justo, ético e feito para nossos filhos e netos”, ressaltou.

Dom Leonardo citou algumas iniciativas que devem estar presentes no texto do novo Código Florestal. Segundo o secretário geral, o Código deve garantir, efetivamente, a conservação e o uso sustentável das florestas, em todos os biomas brasileiros; trate de forma diferenciada e digna agricultores familiares e populações tradicionais; considere o avanço da ciência; garanta a recuperação florestal das áreas ilegalmente desmatadas; reconheça e valorize quem promove o uso sustentável; contribua para evitar desastres ambientais; combata a cultura da impunidade; ajude a garantir água de boa qualidade para as cidades, e por fim, acabe de vez com o desmatamento ilegal.

“Nós, da CNBB, já discutimos longamente sobre esse novo Código, mas é importante que os senadores sitam a presença e a preocupação do povo brasileiro. Não queremos sobreviver, mas sim, viver de forma equilibrada”, disse Dom Leonardo Steiner.

Segundo Dom Leonardo, o plantio do Ipê Branco é simbólico. “O Ipê Branco quer ser um símbolo de vida e de paz, e só os teremos com valor e ética”.

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