Igreja no Brasil

CNBB e Rede Clamor Brasil assinam Protocolo de Intenções

Protocolo de Intenções foi assinado nesta sexta-feira, 13, na sede da CNBB

Da redação

CNBB e Rede Clamor assinaram Protocolo de Intenções./ Foto: Reprodução CNBB

Um “Protocolo de Intenções” foi assinado entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Rede Clamor Brasil (Rede Eclesial de Migração, Refúgio e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas) na tarde desta sexta-feira, 13, na sede da Conferência em Brasília (DF).

O acordo foi assinado pelo bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e os membros da coordenação da Rede Clamor Brasil, padre Agnaldo Pereira de Oliveira Jr. e Irmã Rosita Milesi.

O Protocolo tem a finalidade de expressar por parte da CNBB apoio à constituição da Rede Clamor Brasil, em seu capítulo brasileiro da Rede Clamor América Latina e Caribe, e a aprovação à sua atuação como espaço reconhecido pela Conferência para favorecer e potencializar a ação eclesial articulada em favor da causa das migrações, refúgio e enfrentamento ao tráfico humano.

O documento prevê ainda o vínculo da Rede Clamor Brasil à Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB, contando com um Bispo referencial a ser nomeado pela Presidência, após consulta às entidades que integram o grupo implementador da Rede.

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Momento especial

“Nessa simplicidade, nós queremos viver um momento significativo para a Igreja no Brasil. Essa assinatura quer ser muitas coisas hoje. A nossa celebração do Dia de Santa Dulce dos Pobres, voltando-nos a muitas situações de vulnerabilidade. Também celebramos o Dia Mundial Humanitário, a ser celebrado no dia 19 de agosto, e agradecemos pela caminhada da Ação Emergencial ‘É Tempo de Cuidar’.”, afirmou Dom Joel. 

O secretário-geral da CNBB lembrou que além de um momento de Ação de Graças, esta assinatura significa também um momento de clamor. 

“Nosso tempo é de fato de muitos clamores. Há, sem dúvida, nesta assinatura hoje, o clamor dos migrantes, dos refugiados, das vítimas do tráfico humano, dos marginalizados, dos famintos, dos vulnerabilizados de tantas outras formas. Há o clamor das famílias, destacado ainda mais porque estamos vivendo a semana da família. Clamor por vacina, paz, esperança. Do planeta, da Casa Comum.”

O bispo recordou que é importante ouvir, neste tempo, o Papa Francisco, que fala sobre a busca de rumos diferentes para o mundo. “É uma pandemia não só do coronavírus, e o vírus encontrou o mundo em meio à muitas crises. Crises que pedem de nós trabalho dedicado, exigente, para que um outro rumo não seja apenas encontrado, mas efetivado. É uma emergência.”

Solidariedade

Foram exibidos vídeos de divulgação e testemunho do trabalho da Cáritas, com a Ação É Tempo de Cuidar e também da Rede Clamor. 

Irmã Rosita falou sobre o universo dos migrantes refugiados e vítimas de tráfico. “A migração forçada é um fenômeno mundial que cresce cada vez mais, assim como a exploração de pessoas. Nossa região nas últimas décadas vem sendo muito desafiada por várias causas que geram esta realidade de sofrimento, abandono e necessidade. Acolher e assistir a quem foge de guerras, da fome, do tráfico, é humanidade.”

A religiosa lembrou que esta realidade é uma nova escravidão, e lembra o pedido do Papa para o acolhimento de todos os que necessitam. E ressaltou a importância da Rede Clamor, que articula organizações e forças que ajudam aos que precisam.

Padre Agnaldo destacou a importância do trabalho da Igreja local e da Igreja no Brasil na hospitalidade dos grupos necessitados. 

Ao final, o documento foi assinado. A partir da assinatura do protocolo, a CNBB e a Rede Clamor Brasil buscarão animar e estimular a promoção e realização de ações, serviços, campanhas, debates, reflexões, publicações, somando e convergindo esforços, sensibilizando a sociedade, animando as dioceses e instituições eclesiais, e motivando novas instituições ou comunidades pela causa das migrações, do refúgio, do enfrentamento ao tráfico humano e temas correlatos ou transversais.

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