Papa pede que se reze pelos catequistas no mês de setembro; Conheça histórias de quem entendeu a importância do testemunho dado pelo evangelizador
Denise Claro
Da redação
Neste mês de setembro, uma das intenções de oração do Papa Francisco é pelos catequistas: “Pela evangelização: Catequistas, testemunhas da fé – para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam”. O Santo Padre enfatiza a importância do testemunho destes que têm um papel tão importante na formação dos cristãos, especialmente na infância.
Em 2013, no Congresso Internacional de Catequese, o Pontífice se dirigiu aos catequistas ressaltando que a função é na verdade uma vocação. “Ajudar as crianças, os rapazes, os jovens, os adultos a conhecer e a amar sempre mais o Senhor é uma das aventuras educativas mais belas, constrói-se a Igreja! ‘Ser’ catequistas!”.
E completou lembrando que não se trata de fazer, mas de ser, porque envolve vida, testemunho. “Conduz-se ao encontro de Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho. ‘Ser’ catequistas requer amor, amor sempre mais forte por Cristo e amor pelo seu povo santo.” O Papa ainda recordou aos catequistas uma frase que São Francisco dizia aos seus confrades: “Pregai sempre o Evangelho, e se for necessário, use palavras”, reforçando como é importante o exemplo dado.
Saiba mais
.: Discurso do Papa Francisco aos Catequistas
Maria Helena Lobato é catequista há 60 anos e entendeu bem isso. Ela diz que o trabalho que realiza na Igreja é o de “apresentar Jesus para as crianças, levá-las a ter uma experiência com Jesus, a conhecer a doutrina católica, para que possam ser bons cristãos”.
Dar catequese, para ela, que também é professora, é mais do que somente ensinar: “O Catequista não é um professor. Não basta ao catequista ler muitos livros, ter muito conhecimento, se não der testemunho, se não viver. O catequista tem que ter espiritualidade, viver os sacramentos. Não adianta dar uma boa aula, é preciso testemunhar. Preciso passar aquilo que eu vivo. O amor que eu vivo. O Evangelho que eu vivo. Há crianças que chegam na catequese de família católicas e outras que nunca ouviram falar de Jesus, não sabem quem Ele foi e é. Para todas eu preciso ser canal de Deus e do Evangelho”.
Frutos do testemunho
A professora Bernadeth Villar conta que veio para a Igreja por causa da catequese. “Fui para a Igreja aos oito anos de idade sem a participação da minha família. Uma senhora vizinha chamou algumas crianças da rua para fazer catequese e eu segui o fluxo. Nem tinha ideia, na época, do que se tratava. Me lembro com carinho das minhas catequistas, Lourdes e Catarina.”
Bernadeth acabou crescendo na Igreja. Após a Primeira Comunhão veio a perseverança, o Ministério de Música, onde aprendeu a tocar violão e a cantar, o Grupo de Jovens e a Crisma. Hoje, ela é missionária, casada e tem dois filhos. “Por causa da catequese daquela época me encontrei na Igreja Católica, e devo isso também ao testemunho das minhas catequistas, que nos ensinavam as coisas de Deus e nos orientavam. A catequese que eu fiz quando criança me deu a base para ser hoje uma boa cristã. Descobri na Igreja minha segunda família, e nunca mais quis sair dela.”
Thárcilla Neves, auxiliar administrativo, fez sua Primeira Comunhão aos dez anos de idade. “Tive uma experiência muito boa com a catequese. Lembro que me senti muito acolhida pela minha catequista, Eliane”.
Ela afirma que nunca se afastou da Igreja e acredita que o testemunho de sua catequista influenciou muito para sua perseverança. “Depois dos meus pais, foi ela, minha catequista, a primeira pessoa que me levou a ter uma experiência com o amor de Deus.”