VERÃO 2023/2024

Calor será intenso e chuvas vão variar nas regiões, apontam especialistas

Especialistas afirmam que o calor deste ano já é o mais alto em 174 anos; verão deve ter chuvas irregulares, dependendo da região

Thiago Coutinho
Da redação

Verão tem início nesta sexta-feira, 22, às 0h27 / Foto: wirestock por Freepik

Às 0h27 desta sexta-feira, 22, teve início o verão no Hemisfério Sul — ou o também conhecido Solstício de Verão. Uma das principais características desta época do ano são os dias mais longos, já que o sol leva mais tempo para se pôr neste lado do mundo. Mais chuvas e, obviamente, temperaturas mais altas também estão entre as peculiaridades mais perceptíveis do verão.

E por falar em temperaturas mais altas, 2023, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), já é considerado o mais quente em 174 anos. De acordo com estimativas da OMM, até outubro os termômetros registraram 1,4°C acima da média — superou o último registro de 2016, que ficara 1,29°C acima da média, e 2020, com 1,27°C acima da média.

Diante destas altas, a previsão é de que o verão no Brasil seguirá com altas temperaturas que, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), poderão variar de 0,5° e 1°C acima da média. As regiões Norte e Nordeste, além de partes do norte de Mato Grosso e Minas Gerais e oeste do Mato Grosso do Sul, poderão sentir essas mudanças de forma mais intensa.

Chuvas mais regulares e menos chuvas em outros lugares

A partir de dezembro, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina terão chuvas mais regulares ao longo das semanas. Os volumes das precipitações em alguns desses lugares pode chegar a 500 mm.

Por outro lado, na faixa que vai do Amazonas até o Maranhão, a tendência é de chuvas abaixo da média, com volumes inferiores a 600 mm. No Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte centro-sul do Rio Grande do Sul, os volumes previstos podem ficar próximos ou abaixo de 500 mm. Por fim, no centro-leste da região Nordeste, as chuvas podem superar 300 mm.

O fenômeno El Nino, responsável pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico oriental e central, também terá forte atuação nesta estação.

Cuidados com a saúde

O calor extremo exige uma série de cuidados com o corpo. Alimentos mais leves, como saladas, frutas e sucos são imperativos quando se trata de verão. “O corpo pede por uma alimentação mais leve, já que até a digestão fica mais lenta nesse período, no calor alimentos mais leves e até frios são mais indicados”, detalha Vanessa Lobato, especialista em fitoterapia e fisiologia do exercício.

O verão faz com que o metabolismo basal, a energia mínima para realizar as funções vitais, diminua. “No calor, há uma alteração no gasto metabólico para baixo, já que não há a necessidade de gastar energia para produzir calor”, explica Vanessa. “Já que se gasta menos energia, então devemos comer menos. O que mais ajuda na digestão é uma boa mastigação, e além disso, alimentos menos gordurosos tendem ser mais fáceis de serem digeridos”, acrescenta.

Uma dica, segundo a especialista, é consumir abacaxi ou mamão antes das refeições, pois essas frutas ajudam na digestão das proteínas (como o arroz e o feijão). “Uma infusão de hortelã (preparada com água quente, mas consumido gelado), também ajuda muito na digestão”.

Mantenha-se hidratado

Com o calor excessivo o corpo perde um item importante para sua manutenção: água. Para ficar hidratado, é necessário manter o consumo de água em torno de 35ml/kg/peso corporal. “Ou pelo menos o suficiente para deixar a cor da sua urina durante o dia mais clara do que a primeira urina do dia que tende ser mais concentrada”, assegura Vanessa.

Para quem pratica atividades físicas ou trabalha exposto ao sol, uma dica é se hidratar com água de coco ou isotônicos. “A água de coco, para quem fica exposto a altas temperaturas, é uma ótima opção, e para quem pratica atividade física intensa, mais de 1h30 por dia, pode usar as bebidas isotônicas, devido à elevada sudorese, pois esses repõem com facilidade os sais minerais perdidos pelo suor”, diz. Os isotônicos, porém, devem ser usados com parcimonia, especialmente para quem sofre com doenças hipertensas, problemas renais ou retenção de líquidos.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo