Uma pesquisa realizada no inicio de Julho pelo Instituto de Inteligência em pesquisa e consultoria estratégica (IPEC) revelou que 75% dos Brasileiros se opõe a legalização do aborto no país. Duas mil pessoas foram ouvidas em 131 municípios.
Reportagem de Nathália Cassiano e Antônio Matos
Segundo o Código Penal Brasileiro, o aborto no Brasil é tratado como crime à vida humana.
Recentemente, um estudo de uma empresa multinacional francesa e PISOS e o Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica e PEC mostrou que a rejeição à prática do aborto subiu 2% em relação aos dados de 2023.
“Prevenir antes de saber que corre o risco de gerar uma outra vida e aí não tem o direito de tirar uma vida”, disse a brasileira. “Em sua consciência, e religiosidade”, falou a cidadã.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica. 2.000 pessoas foram ouvidas em 131 municípios. O estudo revela que 75% dos brasileiros são contra a legalização do aborto no país.
Nos últimos 15 anos, a legalização do aborto mostrou que saiu de 78% em 2010, foi a 80% em 2018, caiu para 68% em 2022 e 2023 e agora subiu para 75%.
O assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, padre Rodolfo Chagas, comenta a pesquisa. “A pesquisa confirma aquilo que a nossa fé e aquilo que nós defendemos, aquilo que nós acreditamos no valor, na dignidade da pessoa humana”, explicou.
O Catecismo da Igreja Católica número 2270 diz: ‘A vida humana deve ser respeitada e protegida de modo absoluto a partir do momento da concepção’. Bruna mora na capital paulista, é mãe solteira e em sua última gestação pensou em realizar a prática, mas conheceu o centro de reestruturação para a vida. Lá recebeu o apoio necessário para manter a gestação. “E aí a assistente social que me atendeu, ela perguntou porque que eu estava ali e eu falei assim: ‘Porque eu tenho um neném na minha barriga e eu não amo esse neném e eu quero aprender a amar esse neném. E eu vi aquela gestação como um peso para mim, como um problema, mas os meus filhos começaram a se apegar, por isso que eu vim pro CERVI’”, relembrou a autônoma, Bruna Gabrielle de Souza.
Hoje Bruna tem consciência do valor de uma vida e incentiva outras gestantes em situações de vulnerabilidade a procurarem terapias e apoio social. “As pessoas que eu conheço que eu tenho oportunidade, eu falo sim do CERVI, porque o CERVI transformou a minha vida, porque eu achava que eu não teria minha filha. Eles me ensinaram que eu amava e era um amor que eu não entendia. Eu acho que eu não saberia viver se eu não tivesse a minha filha”, completou Bruna.