Evento dedicou espaço para diálogo e formação, reafirmando o compromisso da Igreja com a defesa da vida em todas as suas etapas
Da Redação, com Endel Alves
O I Simpósio Pró-Vida que aconteceu em Belém (PA) teve início no dia 30 de novembro e culminou em 1° de dezembro. Com o tema ‘Só o Amor Gera Vida’, o evento reuniu representantes de arquidioceses para discutir assuntos relacionados à situação atual do aborto no Brasil e no mundo, destacando o compromisso da Igreja com a defesa da vida em todas as suas etapas.
O professor, biólogo e especialista em bioética, Êndel Alves, abordou os desafios éticos e morais enfrentados na sociedade atual. Técnicas de aborto e suas consequências devastadoras para mães e famílias foram um dos assuntos mais relevantes durante a palestra do especialista. Alves alertou sobre práticas envolvendo o uso de tecidos fetais no mercado de estética e pesquisa, enfatizando que muitos recém-nascidos são descartados junto com o lixo hospitalar.
Ao tratar da fertilização in vitro, Êndel relembrou a razão científica da oposição da Igreja Católica a essa prática, refletindo sobre a dignidade dos embriões congelados. Ele também reforçou a necessidade de a família se proteger contra os ataques da cultura moderna, sublinhando o papel das comunidades paroquiais e regionais na construção de uma sociedade que valorize a vida.
O Simpósio contou com a presença do presidente da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família (no Brasil), Zezé Luz, que apresentou iniciativas pastorais como o “Projeto Esperança”, voltado ao acolhimento de mulheres que enfrentam as consequências emocionais, psicológicas e espirituais do aborto, incluindo sintomas da síndrome pós-aborto.
A coordenadora regional da Pastoral Familiar, Luciana Limão, destacou a relevância do evento como um marco no fortalecimento das ações pró-vida, realizando o sonho do saudoso bispo emérito da Prelazia do Marajó, Dom José Azcona, que faleceu no final de novembro e era reconhecido internacionalmente pela luta em defesa da vida contra o aborto e pela luta contra o tráfico humano e o abuso sexual de crianças e adolescentes no Arquipélago do Marajó no Pará.