1 a 7 de agosto

Brasil recorda Semana Mundial do Aleitamento Materno

No Brasil, somente 38,6% dos bebês se alimentam exclusivamente de leite materno nos primeiros cinco meses, aponta OMS

Da redação, com agências

Nesta semana, o Brasil recorda a 25ª Semana Mundial do Aleitamento Materno. O tema deste ano é “Trabalhar juntos para o bem comum” e destaca a necessidade da criação de alianças necessárias para alcançar um dos objetivos do Desenvolvimento Sustentável: “fortalecer os meios de execução e revitalizar a Aliança Mundial para o Desenvolvimento sustentável”.

De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira, 1º, em 194 países avaliados, apenas 23 registram índices de amamentação exclusiva acima de 60%. No Brasil, somente 38,6% dos bebês se alimentam exclusivamente de leite materno nos primeiros cinco meses.

O relatório demonstra ainda a necessidade de um investimento anual de apenas US$ 4,70 por recém-nascido para aumentar a taxa global de amamentação exclusiva em menores de seis meses para 50% até 2025.

Parcerias

Para a médica Amal Omer-Salim, co-diretora-executiva da Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (Waba), as atividades da Semana Mundial de Aleitamento Materno, em nível global, mostram a importância da sociedade, em especial dos médicos e outros profissionais da saúde, de “trabalhar juntos para identificar o que funciona e superar os desafios comuns na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno”.

A Pastoral da Criança é parceira nesta campanha, defendendo que a receita para começar bem a vida envolve muito carinho e leite materno.

A fundadora da Pastoral da Criança, Dra Zilda Arns Neumann, já dizia que a amamentação é a coisa mais importante que uma mãe pode dar para a criança, por ajudar que ela se desenvolva em todo seu potencial. “Todas as mamães, todas as gestantes, por favor, amamentação exclusiva até seis meses é um direito da criança e continuar dando de mamar se possível até dois anos ou mais para que a criança fique mais ágil, ela tenha uma psicomotricidade maior e ela tenha muito mais talentos, ela pensa mais rápido, anda mais rapido, fala mais cedo e tudo mais que uma criança precisa”.

Por meio das visitas domiciliares e encontros com as famílias, os líderes voluntários orientam e preparam as mães para a amamentação, desde que elas ainda estão grávidas. Eles ajudam a esclarecer as dúvidas, para incentivar a continuação deste ato de amor, mesmo após os 6 primeiros meses de vida da criança (período em que somente o leite materno é necessário, sem necessidade de água, chás ou outro tipo de alimentação).

Para mais informações sobre aleitamento materno, acesse: www.pastoraldacrianca.org.br

Desde 1992

A Semana Mundial do Aleitamento Materno vem sendo comemorada desde 1992, da união entre a Organização Mundial de Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cada edição, uma temática relevante é selecionada para servir de mote para as diferentes atividades desenvolvidas no período. A importância do aleitamento materno exclusivo; a existência dos hospitais Amigo da Criança; o apoio ao aleitamento materno; o aleitamento materno para a mulher trabalhadora; a amamentação no contexto dos objetivos de desenvolvimento sustentáveis; integram a lista de assuntos já abordados.

A coordenação da semana, lembra que é importante esclarecer que algumas alianças não são positivas e nem alcançaram os resultados esperados, como é o caso das grandes corporações de alimentos infantis que ainda influenciam a elaboração de políticas públicas à nível global e também a nível nacional.

Por isso é chave ressaltar que toda parceria deve priorizar o fortalecimento da ação conjunta com os governos para que cumpram sua missão maior que é defender o direito das mulheres amamentarem seus filhos e filhas com políticas e programas bem estruturados, eficientes e adequadamente financiados e avaliados. E da mesma forma, toda aliança deve envolver a sociedade civil, os movimentos sociais, instituições, ONGs, ativistas, universidades, especialistas que lutam pelos direitos sócias, reprodutivos e humanos.

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