Mesmo sendo um dos países mais atingidos pela pandemia e com menos investimentos em esporte, Brasil deixa Tóquio com recorde de medalhas
Da redação, com agências
Com o fim das Olimpíadas realizadas em Tóquio neste domingo, 8, os atletas brasileiros voltam com um recorde medalhas: foram 21 ao todo, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. Trata-se da melhor posição da história no quadro geral (12º lugar).
E este resultado se torna ainda mais relevante quando se leva em consideração que o Brasil foi um dos países mais atingidos pela pandemia de coronavírus e com menos investimentos em se tratando de esportes — inicialmente, o governo havia anunciado que R$ 2,8 bilhões estariam disponíveis, uma queda de $ 350 milhões (11%) em comparação com os Jogos Rio-2016.
Novas modalidades
A entrada do surfe e do skate também se tornaram grata surpresas para o esporte brasileiro e ajudaram a este saldo positivo de medalhas. Ítalo Ferreira trouxe o ouro para o surfe, enquanto Pedro Barros, a jovem Rayssa Leal e Kelvin Hoefler trouxeram a prata para o skate.
Agora, o Brasil precisa lutar para manter o protagonismo nestas modalidades. Obviamente, a concorrência será maior. O próprio vôlei de praia deixou esta lição: anteriormente dominado pelos estadunidenses e brasileiros, hoje é possível encontrar ótimos atletas em quaisquer países.
Protagonismo feminino
Um dado interessante nesta edição das Olimpíadas foi o protagonismo feminino: 9 das 21 medalhas foram conquistadas por mulheres.
A ginasta Rebeca Andrade, por exemplo, que já era uma aposta das Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, em 2016, conquistou o ouro este ano.
As grandes decepções, porém, ficaram por conta do vôlei masculino e do vôlei de praia. Na areia, pela primeira vez na história o país terminou zerado. Desde 1996, eram no mínimo duas conquistas por edição.