Religiosos se reuniram em Matamoros e reafirmam a dignidade, o direito dos imigrantes e o drama das famílias separadas
Da redação, com Vatican News
Imigrantes haitianos nos Estados Unidos protestam contra detenção no México / Foto: Reprodução Reuters
Um encontro de três dias em Matamoros, cidade fronteiriça do México, resultou em um comunicado assinado por bispos mexicanos e estadunidenses que expressaram preocupação com a situação de desigualdade e violência sofrida pelos imigrantes e se comprometeram a continuar a defender os direitos humanos dos mais necessitados.
Matamoros, localizada à margem sul de Rio Grande, do outro lado da fronteira de Brownsville Texas, é um dos primeiros lugares a ver o drama dos imigrantes latino-americanos que se viram rejeitados pelas autoridades norte-americanas quando pediram por asilo ou estão sujeitos a longos processos inseguros sem quaisquer garantias de proteção.
“Nós, bispos da região fronteiriça entre o Texas e o México reafirmamos que estamos a favor da vida, da dignidade e do direito das pessoas”, disseram os bispos no comunicado assinado de forma conjunta.
Preocupação com a desigualdade, violência e discriminação
“Por esta razão”, continuam eles, “não podemos ajudar, mas expressar nossa preocupação pela situação de desigualdade dos imigrantes, pobres, especialmente as crianças e os adolescentes.”
E antes de concluir com a promessa de continuar a garantir alívio aos migrantes, os bispos lembram aos governos dos Estados Unidos, México, Canadá, América Central e Caribe a necessidade urgente de criar condições nas quais todos tenham a possibilidade de buscar “desenvolvimento integral e uma vida de dignidade e paz.”
Notícias Relacionadas
Bispos denunciam novas regras contra crianças imigrantes nos EUA
Impasse deixa 500 imigrantes presos em navio na Itália
Para ONG, ações contra migrantes na Itália são inconstitucionais
Em Belo Horizonte, projeto ajuda refugiados que chegam ao Brasil
Dom Gallagher: responder de forma humana e cristã à crise migratória
