Tema esteve em pauta no meeting point de hoje; Dom Walmor ressaltou necessidade de compreender conceito de “Igreja em saída”
Julia Beck
Enviada a Aparecida (SP)
“O desafio de atuação da Igreja nos grandes centros urbanos” foi o tema do meeting point desta quarta-feira, 18, dentro das atividades da 56º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema foi exposto aos jornalistas pelo arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Acesse
.: Cobertura da 56ª Assembleia Geral da CNBB
“É preciso definir caminhos para a evangelização, em comunhão com a Igreja no Brasil”, comentou Dom Walmor. Para compreender a necessidade de posicionamento da Igreja nas grandes metrópoles, Dom Walmor explicou que é preciso compreender a importância de ser uma Igreja em Saída, como reitera o Papa Francisco. Observar os ambientes e circunstâncias onde as paróquias e comunidades estão inseridas é também um dos pontos de partida das iniciativas evangelizadoras.
Ouça o que diz Dom Walmor sobre as ações que a Igreja pode promover nos centros urbanos:
A arquidiocese de Belo Horizonte, que atualmente está aos cuidados de Dom Walmor, iniciou, segundo o arcebispo, um processo de criação de Vicariatos para observar as necessidades locais. De acordo com Dom Walmor, a zona rural, as paróquias com tradição barroca e as vilas e favelas de Belo Horizonte tornaram-se os principais núcleos de atenção da arquidiocese, após o levantamento de dados e pesquisas. “É um desafio urbano para nós e da nossa presença como Igreja no meio dos pobres” comentou o arcebispo.
Dom Walmor pontuou que para trabalhar as realidades urbanas é preciso ter instrumentos e que a boa vontade por si só, não basta. Diante deste conceito, o bispo relatou o investimento da Arquidiocese de Belo Horizonte nos meios de comunicação. “Estar na mídia e usar os veículos de comunicação para a evangelização”.
Outra questão elencada pelo arcebispo de Belo Horizonte como essencial para o trabalho da Igreja nos grandes centros urbanos é a unidade das comunidades. Para Dom Walmor, é preciso contar com leigos, equipamentos e pastorais para a valorização da religiosidade popular. O bispo afirmou ver os santuários como grandes caminhos para a evangelização. “Os santuários são centros de espiritualidade, cuidado com os pobres, além de grandes centros culturais”, comentou.
Por fim, Dom Walmor apontou a necessidade de um diálogo permanente de evangelização, que fuja à timidez, e busque uma linguagem marcante e caminhos atuais em consonância com o que é proposto pelo Papa Francisco e pela Igreja no Brasil.