A Arquidiocese do Rio esclarece que não autorizou ninguém a falar em seu nome, nem dos padres, tampouco em nome de organismos da Igreja
Da redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro
A Arquidiocese do Rio de Janeiro emitiu uma nota, assinada pelo Cardeal Orani João Tempesta, por bispos auxiliares e outras autoridades da cúria, na qual reafirma sua posição apartidária nas eleições municipais da capital carioca.
A nota foi publicada nessa terça-feira, 25, após a manifestação de apoio ao candidato Freixo (PSOL) por parte de um grupo de padres, religiosos e leigos, nas mídias sociais.
A Arquidiocese esclarece que “não autorizou ninguém a falar em seu nome, nem dos padres, tampouco em nome de movimentos, pastorais, associações e paróquias acerca do atual processo político carioca”.
O texto lembra que as pessoas podem se manifestar pessoalmente e “arcar com as consequências”, “mas não podem falar por quem não foram autorizadas”. “Tampouco têm autorização da autoridade diocesana para indicar qualquer candidato aos cargos públicos, como aconteceu nessa recente manifestação, na qual indicam um candidato para o segundo turno das eleições municipais da cidade do Rio de Janeiro”.
A Igreja particular do Rio de Janeiro afirma ainda que não é possível compactuar com posições políticas que entram em confronto com princípios contrários aos valores cristãos, tais como o respeito à vida e a clara oposição ao aborto e à eutanásia. Além disso, defende a tutela e a promoção da família, “fundada no matrimônio monogâmico entre pessoas de sexo oposto e protegida em sua unidade e estabilidade, frente às leis sobre o divórcio”.
Portanto, diz a nota, o voto do católico só poderá assim ser considerado se os programas dos candidatos merecedores desse voto também estiverem em comunhão com os princípios humano-cristãos.
“Diante da perplexidade gerada por tal manifestação já divulgada pelas mídias sociais, ocasionando o escândalo da desunião, a Arquidiocese de São Sebastião Rio de Janeiro pede a união de todos no Senhor Jesus e a contínua disponibilidade para a missão evangelizadora numa Igreja em saída, que caminha junto com seus pastores”, lê-se na nota oficial.