Exortação, tema central e Brasil

Arcebispo de Aparecida faz balanço da 55ª Assembleia dos Bispos

Dom Orlando Brandes fala sobre tema central da Assembleia e comenta nota sobre realidade socioeconômica do Brasil

Monique Coutinho
Enviada a Aparecida (SP)

Dom Orlando Brandes – Arcebispo de Aparecida (SP) / Foto: Reprodução TV Aparecida

O Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, que acolhe em sua diocese a 55ª Assembleia Geral da CNBB, com a presença de cerca de 370 bispos, falou à Canção Nova sobre os principais temas abordados no evento desde o dia 26 de abril.

Dom Brandes destacou que a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Amoris Laetitia, estudada pelos bispos nos últimos dias, é um grande presente de Deus para a Igreja.

“Esta exortação busca soluções concretas e anima também a família como o futuro da própria humanidade. Tudo passa pela família, então tudo aquilo que fizermos pela família é claro, nós estamos ajudando o mundo a ser melhor e mais feliz, ajudando também o mundo a setransformar em família. Portanto, logo que toda esta temática estiver resolvida, vamos ver, conhecer e divulgar esses caminhos pastorais para a família”.

Sobre o tema central, “iniciação à vida cristã”, o bispo destacou que é importante frisar a necessidade de preparar melhor as crianças, jovens e adultos para um Cristianismo de raiz, e não de aparências.

“Primeiro é preciso que a pessoa tenha uma experiência, propondo um encantamento por Jesus Cristo, então só assim a Doutrina e o Catecismo terão valores. Se a gente não tem essa experiência viva com Jesus, o encantamento por Ele, vai ser muito difícil fazer as crianças, os jovens e os catequizandos a perseverarem na Igreja. Então é uma grande revolução na nossa Igreja, a iniciação à vida cristã”.

Outro tema muito falado neste evento foi a atual realidade sócioeconômica do Brasil. O Bispo de Aparecida (SP) disse que as notas referentes à este tema são concretas, corajosas e proféticas porque trazem não apenas críticas, mas caminhos para driblar a situação.

“A corrupção e a mentira se tornou uma cultura brasileira, o jeitinho brasileiro é péssimo. Sem ideologia nenhuma e sem partidarismo, mas a partir do Evangelho, a Igreja quer contribuir também com a Doutrina Social para um Brasil mais fraterno, solidário e verdadeiro. Enfim, estamos pensando nos desempregados, nas eleições 2018 e pensando em um Brasil novo e melhor”, conclui.

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