“Médico disse que o quadro era realmente muito delicado e apenas Deus podia fazer alguma coisa”, lembra o filho de Luiz Alberto
Julia Beck
Da redação
Randle e o pai Luiz Alberto/ Foto: Arquivo – Pessoal
No Brasil, o Dia dos Pais é comemorada anualmente no segundo domingo do mês de agosto. Este ano, a celebração acontece neste domingo, 8. A data, que une pais e filhos, terá uma comemoração a mais para a família do aposentado de 66 anos, Luiz Alberto Lopes Pinheiro.
O estudante de farmácia, Randle Palácio Pinheiro, filho de Luiz, relata que em maio deste ano o pai foi diagnosticado com Covid-19. Uma semana após o resultado positivo para a doença, o aposentado começou a piorar.
“Decidimos levá-lo ao médico onde ele foi examinado e recebeu alta no mesmo dia. No entanto, meu pai precisou ficar no oxigênio constante”, conta.
Segundo o jovem, o médico havia orientado que, se o pai não tivesse melhora significativa na saturação, em 42 horas deveria ser encaminhado diretamente para um hospital especializado no atendimento de pacientes com covid-19.
Quadro de saúde gravíssimo
“Foi quando já não podíamos mais ajudá-lo em casa. Ele precisou ser internado. (…) Foi tudo muito rápido. Ele chegou ao hospital com a saturação a pouco mais de 70. Lá o seu diagnóstico foi preciso: mais de 86% dos pulmões tomados pelo vírus. O quadro era gravíssimo”, relatou.
Luiz foi direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Passou uma semana e precisou ser entubado. Ele começou a responder bem, porém em pouco tempo os antibióticos não faziam mais efeito. Seus rins começaram a parar e ele precisou ser transferido para fazer hemodiálise.
Segundo Randle, essa foi a parte mais difícil para a família. “O médico disse que o quadro era realmente muito delicado e apenas Deus podia fazer alguma coisa, pois eles já estavam fazendo todo o possível”, lembra. O aposentado precisou fazer quatro seções de hemodiálise.
Recuperação
“Pelo milagre de Deus e intercessão de Nossa Senhora e São José meu pai começou a se recuperar. Depois de 16 dias foi extubado. Ele foi para o quarto, onde pudemos vê-lo depois de 36 dias de muita saudade”, afirma o filho de Luiz.
O pai de Randle ficou por mais alguns dias no hospital e recebeu alta no dia 26 de junho, depois de 43 dias de internação. O jovem ressalta que foram muitos os sentimentos que foram despertados durante esse tempo difícil.
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“Uma certeza que eu tinha era de que meu pai voltaria para nós, bem e saldável. Eu tive muita saudade dele, muitas noites de clamor onde eu chorava de saudade, por não poder vê-lo ou falar com ele. Mas hora alguma eu pensei que o perderia, pois mantinha minha fé firme para passar confiança e esperança à minha família”, sublinha.
Luiz com a esposa Maria do Carmo e os filhos Thyago, Randle e Breno
Alegria do reencontro
Uma alegria muito grande e um alívio. É como o estudante define o momento em que soube que o pai havia melhorado consideravelmente e já estava fora de perigo. “Nossas orações foram atendidas!”, frisa.
“Foi muito emocionante, poder vê-lo depois de 36 dias. Matar a saudade, dar um abraço nele. Poder ouvi-lo novamente. Acredito que só quem passou por algo semelhante sabe o que senti. Sou muito grato a Deus por ter dado essa nova chance ao meu pai e tudo o que tem nos proporcionado”, compartilha.
No dia da alta, o jovem conta que estava junto ao seu pai e teve a alegria de poder ser o porta-voz dessa notícia para Luiz e para a sua família. “Foi muito bacana”, lembra.
Fé e oração
Durante o período em que o pai esteve no hospital, Randle destaca que a certeza que o Senhor colocava todos os dias em seu coração era que, por mais difícil que fosse, tudo ia ficar bem. Ver sua família sofrendo, de acordo com o filho de Luiz, lhe deu mais força para não esmorecer e permanecer firme.
A oração do Rosário, o jejum e o cerco de Jericó, foram práticas vivenciadas pelo jovem neste tempo de confiança em Deus. O estudante afirma que a Santa Missa o confortava, principalmente por poder falar com o Senhor na comunhão.
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“A devoção e carinho que criamos, mais ainda, pelo Terço da Misericórdia, junto à TV Canção Nova, que era nossa companhia e força nos momentos mais difíceis, todos os testemunhos e as palavras de encorajamento nos ajudaram muito”, conta.
No Ano de São José, o estudante conta que todos os dias ele e sua família também rezaram a oração de São José. “Eu rezava o terço em honra a São José e também fiz a novena. Confiando o reestabelecimento da saúde do meu pai a São José”.
As orações dos amigos, de acordo com Randle, também deu força para que a família enfrentasse o momento difícil com fé. “Somos de uma cidadezinha bem pequena, onde todos são conhecidos, e todos, absolutamente toda a comunidade, se pôs em oração por ele e por nós”.
Luiz revela que as orações lhe deram força para permanecer firme e se recuperar. “Mesmo eu não sabendo de nada sei que as orações foram essenciais neste momento. Fico grato em saber que teve várias pessoas junto com minha família promovendo uma corrente de oração para minha cura”, partilha.
Dia dos Pais de 2021
Luiz é casado com Maria do Carmo Firmino Palácio Pinheiro e, além de Randle, é pai de Thyago Palácio Pinheiro e Breno Palácio Pinheiro.
No dia dos pais deste ano, o aposentado relata que o sentimento é de gratidão. “Feliz, pois estou bem, junto dos meus!”, disse.
Randle afirma que o dia será de grande celebração. “Essa nova chance que o Senhor deu para ele e para nós, só nos fez melhorar ainda mais nossa relação como família, nos valorizarmos mais e nos amarmos ainda mais. Posso falar pela minha família que nosso sentimento é de extrema gratidão a Deus”.
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