Noite de homenagem na CN

Bispos recordam experiências pessoais no Concílio Vaticano II

O Concílio Ecumênico Vaticano II foi uma verdadeira primavera na Igreja. Entre outras coisas, ele abriu as portas à participação de leigos, com a abertura a novos movimentos e grupos de fiéis, como a Canção Nova.

Na noite desse domingo, 22, a Canção Nova, pertencente a Diocese de Lorena, promoveu uma cerimônia para festejar os 50 anos do início desse Concílio, considerado o maior evento da Igreja no século XX. A homenagem aconteceu no Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes, em Cachoeira Paulista (SP).

“[Com o Concílio] Todo o clero se aproximou do povo. O leigo foi o maior beneficiado. Antigamente, até brincamos que o leigo só tinha três posições: de joelho, sentado e em pé. Antes do Concílio não se viam leigos pregando. O Concílio acreditou na força do leigo”, explica Felipe Aquino, apresentador do “Programa Escola da Fé” da TV Canção Nova.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno, salienta que as novas comunidades são fruto da ação do Espírito Santo na Igreja.

“As vocações são múltiplas, mas ao mesmo tempo todos vivem na comunhão da mesma fé, em torno do Papa, da esperança, da caridade, sacramental, com os pastores da Igreja. A beleza da Igreja está na unidade na diversidade”, enfatiza.

Para o presidente da CNBB, à medida que essas comunidades estão em sintonia com a Igreja, com seu magistério e em comunhão com seus pastores, estas são sempre obra da Igreja para concretizar sua missão de evangelizar.

Homenagens

Cerca de 150 autoridades eclesiais estiveram presentes na cerimônia. Alguns receberam uma homenagem representando os bispos, seminaristas, jovens sacerdotes e todos os que participaram do Concílio Vaticano II.

Entre os homenageados, estava o bispo de Lorena, Dom Benedito Beni, que representou todos aqueles que, na época do Concílio, eram seminaristas. “O Concílio Vaticano II marcou a história da minha vocação. Cheguei a Roma poucos meses antes da convocação para o Concílio. Com ele cheguei a algumas conclusões: uma delas é que não se travava de uma simples assembleia, era uma celebração litúrgica”, salienta o prelado.

Representando todos os bispos do Brasil, o Cardeal Raymundo Damasceno de Assis também foi homenageado e recebeu uma lembrança das mãos do fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib.

Dom Damasceno recordou que “também era um seminarista na época do Concílio Vaticano II. Para mim, este foi o maior evento eclesial do século XX”.

O Cardeal Eusébio Oscar Scheid, administrador apostólico e Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, e o Cardeal Cláudio Hummes foram homenageados em nome de todos aqueles que, como eles, eram jovens sacerdotes na época.

Já o Bispo Emérito de Iguatu (CE), Dom José Mauro Ramalho, na ocasião era um jovem bispo e participou das quatro sessões do Concílio. “Eu era um padre muito novo quando tive a graça do episcopado. Tinha 36 anos. Foi o Concílio que me ensinou como ser bispo diocesano”, conta.

Por fim, o Cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, recebeu em nome de todos os bispos uma homenagem pela 50ª edição da Assembleia Geral.

“Que os próximos 50 anos de Assembleia possam realizar ainda mais pela nova evangelização. Temos que trabalhar com esperança, lembrando que muitos frutos só são vistos depois de anos, na certeza de que quem atua é o Espírito Santo”, ressaltou.

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