Por tradição, todos os anos, o Brasil abre a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. Mas a 66ª Assembleia das Nações Unidas, iniciada ontem, ficará marcada na história. Logo no início, a Presidente Dilma foi muito aplaudida, fato que se repetiu durante os seus posicionamentos mais esperados.
"Pela primeira vez na história das Nações Unidas uma voz feminina inaugura o debate geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo", disse a presidente.
No discurso que durou quase meia hora, Dilma Rousseff reiterou a necessidade de reforma no Conselho de Segurança e disse que o Brasil está pronto para assumir uma cadeira permanente.
"A legitimidade do próprio Conselho depende cada dia mais de sua reforma. A cada ano que se passa mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do Conselho de Segurança. O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho", afirmou.
Ao saudar o novo Estado-membro, o Sudão do Sul, a presidente deixou clara a posição brasileira em relação à criação do Estado palestino.
"O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir para o seu desenvolvimento soberano, mas lamento ainda não poder saudar dessa tribuna, o ingresso pleno da Palestina na ONU. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países desta Assembleia, acreditamos que é chegado o tempo de temos a Palestina aqui representada a pleno título", incitou.
Por fim, Dilma Rousseff, destacou a prioridade dada às mulheres pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.
"Saúdo em especial a criação da ONU Mulher e sua Diretora-Executiva, Michelle Bachelet", completou.