"Estamos muito felizes e esperamos que até a Páscoa, o Papa assine o decreto da própria beatificação [de Nhá Chica]", destacou o Bispo de Campanha (MG), Dom Diamantino Prata de Carvalho, ao comentar a aprovação do Santo Padre, das virtudes heróicas da serva de Deus.
Nhá Chica pode se tornar a primeira santa nascida no Brasil e "tipicamente nossa", destaca o bispo. "Ela é uma mulher simples, mestiça, filha de uma escrava (…). Tipicamente nossa, porque ela é mineira, e Minas Gerais é um estado que fica quase no centro do Brasil".
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Segundo Dom Diamantino, o povo da diocese de Campanha aguarda com muita expectativa a beatificação de Nhá Chica. "Na Igreja da Conceição [na cidade de Baependi (MG)], edificada por ela, onde repousam seus restos mortais, há uma fluência muito grande de romeiros, sobretudo nos finais de semana, devotos que vem agradecer as graças, e esperam com muita confianca e expectativa quando ela for declarada pela Igreja bem aventurada".
O bispo explicou que as grandes qualidades de Nhá Chica são sua fé profunda, grande sabedoria – ela orientava e aconselhava as pessoas -, o amor ao próximo – ela se fazia mãe dos pobres, acolhendo-os em sua casa e dividindo o pouco que tinha -, e sua terna devoção à Imaculada Conceição.
Um fato interessante, trazido por Dom Diamantino, foi de que Nhá Chica costumava atender o povo sempre, menos na sexta-feira. Segundo o bispo, ela guardava esse dia por causa de sua profunda devoção à paixão do Senhor, mas também para cuidar de suas coisas, como por exemplo, lavar e passar suas roupas.
"Interessante, cuidando dela, ela podia também cuidar melhor dos irmãos, assisti-los, orientá-los e rezar por eles", enfatiza Dom Diamantino.
Processo de beatificação
Após a aprovação das virtudes heróicas de Nhá Chica, pela Congregação da Causa dos Santos e pelo Papa Bento XVI, o próximo passo do processo de beatificação é o estudo do suposto milagre por intercessão dela.
A partir desta semana, a junta médica da congregação, no Vaticano, irá retomar a análise da cura ocorrida há muitos anos – no início do processo de beatificação -, da professora Ana Lúcia Meirelles Leite, ainda viva, moradora de Caxambu (MG).
O bispo acredita que a comissão médica fará uma avaliação positiva, pois o caso foi analisado por uma junta médica aqui no Brasil, e a constatação foi de "que a medicina não podia explicar" a cura.
Se o milagre for reconhecido, faltará apenas o Papa assinar o decreto da futura beatificação, explica otimista Dom Diamantino.
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