Violência

Homens armados roubam e incendeiam carros em arrastões no Rio

Uma onda de arrastões causou pânico em moradores do Rio de Janeiro no domingo, 21, e segunda-feira,22, com ao menos cinco casos de carros incendiados em rodovias da cidade.

O governador Sérgio Cabral considerou as ações criminosas como represália pela implantação das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora, em favelas da capital fluminense. Segundo fontes da Secretaria de Segurança, os suspeitos querem apavorar a população e causar uma sensação de insegurança na cidade.

"Claro que isso tem a ver com a reorganização do território que reconquistamos. Vamos continuar pacificando porque ainda tem comunidades que servem de fortaleza e escudo para o crime", disse Cabral a jornalistas.

Na manhã desta segunda-feira, cinco homens armados interromperam o trânsito no local conhecido como Trevo das Margaridas, um dos principais acessos a vias expressas importantes como Avenida Brasil e Rodovia Presidente Dutra. Os assaltantes pararam 3 carros e roubaram pertences de ocupantes. Em seguida, atearam fogo em uma van e em dois carros de passeio.

Na tarde de domingo, um caso semelhante foi registrado na Linha Vermelha, outra importante via expressa da cidade. Homens armados roubaram ocupantes de três veículos de passeio e, na fuga, atearam fogo nos carros. Motoristas que viram as cenas de terror ficaram assustados e voltaram na contramão.

Durante a fuga, os criminosos ainda fuzilaram e lançaram uma granada em um veículo da Aeronáutica que trafegava pela via expressa. O motorista, um sargento, conseguiu escapar pela porta do carona e fugiu.

Ao longo do dia motoristas também foram roubados em arrastões ocorridos na zona norte e na zona sul, sendo que um deles ocorreu perto da sede do governo do Rio, o Palácio Guanabara.

O governador informou que o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, reuniu as polícias civil e militar para tratar estratégias de combate aos suspeitos nas ruas. O policiamento foi reforçado com 150 novas motos, segundo o governo.

"Esses marginais que cometem esse tipo de barbaridade vão ter cada vez menos opções de esconderijo", afirmou Cabral.

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