Hospital Sagrado Coração

Sociedade tende a marginalizar doentes, alerta Bento XVI

Na manhã deste domingo, 13, o Papa Bento XVI visitou o Hospital Sagrado Coração, na colina do Gianicolo, em Roma, um centro de atendimento gratuito a pacientes terminais, de formação e pesquisa. O Santo Padre foi acolhido pelo seu vigário para a Diocese de Roma, Cardeal Agostinho Vallini, pelo presidente da fundação Roma, Emanuele Emmanuele, e pelo presidente do Círculo São Pedro, que presta serviço de voluntariado no hospital, Pedro Leopoldo Torlonia.

Em seu discurso, o Santo Padre denunciou como a sociedade tende a marginalizar os doentes, considerando-os um "peso e um problema". "Quem tem o sentido da dignidade humana sabe, pelo contrário, que elas devem ser respeitadas e sustentadas quando enfrentam as dificuldades e os sofrimentos ligados às suas condições de saúde", enfatizou.

 

"Sabemos como algumas patologias graves produzem inevitavelmente nos doentes momentos de crise, de confusão e um confronto sério com a própria situação pessoal. Os progressos nas ciências médicas, muitas vezes, oferecem os instrumentos necessários para enfrentar este desafio, pelo menos relativamente aos aspectos físicos. Contudo, nem sempre é possível encontrar uma cura para cada doença e, por conseguinte, nos hospitais e estruturas de saúde do mundo inteiro, enfrentamos, muitas vezes, o sofrimento de tantos irmãos e irmãs com doenças incuráveis ou em fase terminal", acrescentou o Papa.

 

Bento XVI encorajou, portanto, o recurso aos cuidados paliativos e afirmou que eles são capazes de aliviar os sofrimentos que derivam da doença e ajudar as pessoas doentes a vivê-la com dignidade. O Santo Padre alertou, contudo, que estes cuidados sozinhos não seriam suficientes para aliviar o mal estar dos doentes e a respeitar a sua dignidade. "Ao lado dos indispensáveis cuidados clínicos, é necessário oferecer aos doentes gestos concretos de amor, de proximidade e de solidariedade cristã para ir ao encontro da sua necessidade de compreensão, de conforto, de encorajamento constante", completou.

No local, encontram-se 30 doentes gravíssimos e são assistidos também, diariamente, 20 doentes de Alzheimar e, em domicílio, 120 doentes de câncer, outros 50 doentes de Alzheimer e seis de esclerose lateral amiotrófica.

O primeiro núcleo surgiu em 1998 no interior da Casa de Cura Sagrado Coração, graças ao suporte médico cientifico do pólo oncológico Rainha Helena. Nascia deste modo uma estrutura guia da Itália centro meridional, no momento em que o debate na Itália sobre cuidados paliativos estava ainda no inicio.

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