Neste ano de 2009, o Vaticano tem criado meios para inserir a evangelização no mundo digital. Em janeiro, por exemplo, foi lançado um canal do Vaticano no site de vídeos Youtube. No último dia 21 de maio, também foi lançado o site www.pope2you.net, especialmente dirigido aos jovens, que possibilita o uso de ferramentas inovadoras, como Facebook e vídeos em formato disponível para iphone.
Sobre os uso das tecnologias para a evangelização, o Secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, monsenhor Paul Tighe, ressalta que é preciso considerar os riscos e potencialidades das redes sociais, sublinhando o grande avanço conquistado, nos últimos anos, no que diz respeito às possibilidades de manter as pessoas em interação.
Monsenhor Tighe recorda a diferença que sente, 25 anos depois de ter chegado pela primeira vez, a Roma, para falar, por exemplo, com os seus pais, na Irlanda. “Quando cheguei a Roma, era preciso ir ao centro, na central telefónica italiana, e esperar meia hora para encontrar uma linha telefónica. Hoje, pelo contrário, recebo todas as manhãs uma SMS dos meus pais”, relata.
Para o secretário do Pontifício Conselho este é um exemplo de como “os novos meios nos permitem manter relações que, em outros tempos, não seriam possíveis, sendo possível estar muito mais informado sobre o que acontece no mundo e isso tem um potencial muito importante”.
Na sua mensagem para o 43° Dia Mundial das Comunicações Sociais, lembra monsenhor Tighe, o Papa Bento XVI falou em termos “muito positivos” das potencialidades dos novos meios para fazer comunidade e ajudar os jovens a manter e desenvolver amizades.
Ainda assim, diz o secretário, é preciso distinguir o tipo de amizade de que estamos falando: “Há jovens que dizem ter 200 ou 300 amigos no Facebook, mas não é a mesma coisa que ter um amigo verdadeiro, que está ao nosso lado, compreende, ajuda, desafia”.
Lembrando o caso de uma jovem britânica que se suicidou após ter sido maltratada numa rede social, o monsenhor sublinha que, tal como afirmou o Papa, “quando estamos com as pessoas através dos novos meios de comunicação, devemos estar sempre alerta para respeitar o próximo”.
Por outro lado, indica monsenhor Tighe, “é muito importante que a Igreja procure apoiar a família, porque a comunicação no meio familiar continua a ser fundamental”. “Não se trata de dizer aos jovens que não podem ter contatos digitais com as redes sociais, mas é necessário fazer que esses contatos não sirvam para separar o filho ou a filha da vida normal da família”, conclui.
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