"É importante que a China se abra ao Evangelho", disse o Papa Bento XVI, nesta tarde, 5, durante uma visita à cidade de Oies, em Val Baldia, terra natal de São José Freinademetz, missionário que viveu na China no século XIX.
O Santo Padre destacou que o exemplo deste santo "nos ensina que o Evangelho não é alienação para nenhuma cultura e para nenhum povo, porque todas as culturas esperam Cristo e não devem ser destruídas. No Senhor atingem a sua maturidade".
Bento XVI agradeceu a Deus por nos ter dado este grande santo, o qual nos mostra a estrada da vida e é também um sinal para o futuro da Igreja. "Sabemos que a China se torna cada vez mais importante na vida política, econômica e também na vida das idéias", apontou.
"São José Freinademetz queria não só viver e morrer como um chinês, mas também no céu permanecer chinês, de tal modo ele se identificou com esse povo e com a certeza que este povo se abrirá à fé de Cristo", concluiu Bento XVI.
Cerca de quatro mil pessoas acolheram o Santo Padre em Oies. Esta foi a primeira visita oficial do Papa em terras do Alto Adige, desde que chegou à Bressanone, no dia 28 de julho, para um período de repouso.
China no pensamento do Papa
Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, "São José Freinademetz é o grande santo dos tempos modernos desta terra. Os católicos sentem orgulho por esta figura que, partindo daqui, das montanhas das Dolomitas, de uma pequenina aldeia, conseguiu ir longe levar a palavra de Deus até mesmo ao grande país, que é a China".
E afirmou que, com a saudação do Papa, no Ângelus deste domingo, para as Olimpíadas de Pequim, e hoje, esta visita a um missionário muito ligado ao povo chinês, mostram que a China está muito presente no pensamento do Santo Padre.
"A China está presente para a Igreja. O povo chinês é tão importante para a humanidade inteira e tão importante também para o anúncio da Palavra do Senhor, que a Igreja e o Santo Padre têm continuamente o coração voltado para a China. E a figura de Freinademetz é muito importante também sob este aspecto: ele enveredou por um processo de conhecimento e de apreço à cultura chinesa, a ponto de ser extremamente amado pelos chineses. É, portanto, uma figura muito significativa exatamente porque permite um conhecimento recíproco mais aprofundado, dá possibilidade de diálogo e de levar a mensagem espiritual à China, no pleno respeito à cultura extraordinária deste grande país", destacou Padre Lombardi.