Hoje na Sala de imprensa do Vaticano foi apresentada a programação do próximo Congresso das Universidades Pontifícias, que acontecerá de 15 a 17 de novembro.
O Congresso que terá início na próxima semana é organizado pelo Pontificio Conselho para Cultura, a Academia pela Vida com o auxílio das Universidades Pontifícias, traz como tema: "Ontogenese e Vida Humana".
Com o objetivo de valorizar a pesquisa científica, o evento terá como pauta central o diálogo entre ciência e fé e questões da Bioética, como o aborto e estatuto do embrião humano. "O diálogo entre fé e ciência nos tempos modernos é uma necessidade indispensável", afirmam os organizadores do congresso.
Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Dom Gianfranco Ravasi "este diálogo precisa nascer entre os próprios estudiosos católicos e assim expandir-se".
A Igreja reconhece a necessidade de uma correta comprensão das ciências, que se bem estudadas podem estar em harmonia, como demonstra o Pontificado de Ratzinger. Dom Gianfranco afirma: "Bento XVI é por sua natureza um homem estudioso, e por isso tem retomado o diálogo entre fé e razão". E declara, "mas precisamos também olhar para a história da Igreja, pois tivemos diversos estudiosos como Copérnico e Mendel". "Talvez a Igreja tenha estado desatenta a este diálogo, mas hoje constatamos que ciência e teologia não se separam", afirma Ravasi.
Os líderes do congresso alertam que "o maior causador de mortes no mundo ocidental é o aborto. Portanto se faz mais que necessário um questionamento sobre as leis que não consideram o embrião um ser humano".
O especialista Giuseppe Noia recordou que o "feto desde o primeiro instante da concepção tem um papel ativo na sua própria gestação, por isso, interromper uma gravidez é crime".
"É uma chaga para a Igreja, para a mulher que realiza, e não somente do ponto de vista médico, é algo mais profundo. É uma experiência dramática. Creio que todas as religiões tem o dever de recordar esta dimensão, tantas vezes esquecida", conclui Dom Gianfranco Ravasi.