Santo do século XIX

Papa aprova título de Doutor da Igreja ao Cardeal Newman

São John Henry Newman foi canonizado em 2019 pelo Papa Francisco; defendeu a fé católica e foi elogiado por diversos Papas por seu zelo quanto à doutrina

Da Redação, com Santa Sé e Vatican News

Imagem: John Everett Millais. John Newman. 1881, óleo sobre tela.

São John Henry Newman, cardeal da Igreja canonizado em 2019, será proclamado Doutor da Igreja. O título foi aprovado pelo Papa Leão XIV ao receber, em audiência, nesta quinta-feira, 31, o prefeito do dicastério das Causas dos Santos, Cardeal Marcelo Semeraro.

Fundador do Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra, Cardeal Newman viveu no século XIX: nasceu em Londres em 21 de fevereiro de 1801 e morreu em 11 de agosto de 1890. Sua canonização aconteceu em 2019, com aprovação do então Papa, Francisco, na mesma cerimônia que declarou como santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira.

O título de doutor da Igreja é dado aos santos que, além do testemunho de vida, contribuíram no campo da Teologia, colaborando com a doutrina da Igreja. A atribuição se dá pelo Papa ou por um concílio. No caso do Cardeal Newman, o título foi concedido em sessão plenária dos cardeais e bispos, membros do Dicasterio das Causas dos Santos, e confirmado por Leão XIV. O reconhecimento se dá a partir da conclusão do processo de canonização.

Quem foi o Cardeal Newman?

John Henry Newman foi ordenado diácono da Igreja Anglicana, mas anos depois se converteu à fé católica. Em 1847, foi ordenado padre e instituiu o Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra. Criado cardeal pelo Papa Leão XIII em 1879, faleceu em Bimingham em 11 de agosto de 1890.

O cardeal Newman foi beatificado por Bento XVI em 19 de setembro de 2010 em Cofton Park di Rednal, em Birminghan, Inglaterra. Na ocasião, o Pontífice recordou o ensinamento de Newman sobre a oração.

Já na cerimônia de canonização, o Papa Francisco destacou uma fala do santo que diz da santidade do dia a dia: “O cristão possui uma paz profunda, silenciosa, oculta, que o mundo não vê. (…) O cristão é alegre, calmo, bom, amável, educado, simples, modesto; não tem pretensões, (…) o seu comportamento está tão longe da ostentação e do requinte que facilmente se pode, à primeira vista, tomá-lo por uma pessoa comum (Parochial and Plain Sermons, V, 5).” E Francisco propôs aos fiéis: “Peçamos para ser, assim, ‘luzes gentis’ no meio das trevas do mundo.”

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