ORAÇÃO MARIANA

Papa: Não se pode chamar Deus de Pai se conservar um coração cruel

Leão XIV se dirigiu aos fiéis durante o Angelus e os lembrou do significado da oração do Pai Nosso, enfatizando que o Senhor está sempre presente

Da redação, com Vatican News

Papa Leão XIV durante o Angelus deste domingo, 27 / Foto: Vatican Media – ­Elisabetta Trevisan – Handout via Reuters

“Não se pode rezar a Deus como “Pai” e depois ser duro e insensível para com os outros. Pelo contrário, é importante deixarmo-nos transformar pela sua bondade, pela sua paciência, pela sua misericórdia, para refletir o seu rosto no nosso como um espelho”.

Foi o que disse o Papa Leão XIV no Angelus deste 17º Domingo do Tempo Comum, na Praça São Pedro. “A liturgia hoje nos convida, na oração e na caridade, a nos sentirmos amados e a amar como Deus nos ama: com disponibilidade, discrição, solicitude recíproca, sem cálculos”, sublinhou.

“Hoje o Evangelho apresenta-nos Jesus a ensinar aos seus discípulos o Pai-Nosso: a oração que une todos os cristãos. Nela, o Senhor convida a dirigirmo-nos a Deus chamando-lhe ‘Abbá’, ‘paizinho’, como crianças, com ‘simplicidade, confiança filial, ousadia, certeza de ser amado'”.

A este propósito, o Catecismo da Igreja Católica diz, com uma expressão muito bela, que “pela oração do Senhor, nós somos revelados a nós próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai”. E é verdade: quanto mais confiantes rezamos ao Pai do Céu, tanto mais nos descobrimos filhos amados e tanto mais conhecemos a grandeza do seu amor, destacou o santo Padre.

“O Evangelho de hoje descreve os traços da paternidade de Deus por meio de algumas imagens sugestivas: a de um homem que se levanta no meio da noite para ajudar um amigo a acolher uma visita inesperada; ou a de um pai que tem o cuidado de dar coisas boas aos seus filhos”.

“Estas imagens recordam-nos que Deus nunca nos vira as costas quando nos dirigimos a Ele, nem mesmo se chegamos tarde para bater à sua porta, talvez depois de erros, de oportunidades perdidas, de fracassos, nem mesmo se, para nos acolher, Ele tiver de ‘acordar’ os seus filhos que dormem em casa”.

“Pelo contrário, na grande família da Igreja, o Pai não hesita em tornar-nos todos participantes de cada um dos seus gestos de amor. O Senhor escuta-nos sempre que rezamos, e, se por vezes nos responde em momentos e formas difíceis de compreender, é porque age com uma sabedoria e uma providência maiores, que estão para além da nossa compreensão. Por isso, mesmo nestes momentos, não deixemos de rezar com confiança: n’Ele encontraremos sempre luz e força”.

No entanto, sublinhou o Papa, ao recitarmos o Pai-Nosso, além de celebrarmos a graça da filiação divina, exprimimos também o nosso compromisso de corresponder a esse dom, amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo.

“Peçamos a Maria que saibamos responder este chamamento, para manifestar a doçura do rosto do Pai.”

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