Ação gera nova escalada no conflito entre Israel e Irã; no sábado, 21, antes dos ataques, secretário de estado do Vaticano havia lamentado a falta de progresso pela paz
Da redação, com agências
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante pronunciamento na noite deste sábado, 21/ Foto: IMAGO/MediaPunch via Reuters
Na noite deste sábado, 21, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou que o país atacou as três principais instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. Em seu pronunciamento, ele afirmou que foi “um ataque com o objetivo de destruir a capacidade nuclear iraniana”, para que o país “deixe de ser uma ameaça nuclear e do terror”. O Irã confirmou o ataque.
O presidente dos EUA sublinhou que “ou haverá paz ou haverá tragédia para o Irã”. “Que cessem os ataques que vimos nos últimos oito dias. Hoje foi o dia mais difícil de todos, e talvez o mais letal. Mas se a paz não vier rápido, nós vamos continuar atacando com precisão e habilidade”, acrescentou.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, frisou que a decisão de Trump, “mudará a história”.
Em coletiva neste domingo, 22, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, enfatizou que os EUA “cruzaram uma linha vermelha muito grande” com os ataques, além de terem realizado uma “grave violação da Carta da ONU e do direito internacional”. Segundo ele, uma reunião com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi convocada com emergência.
Em nota, o secretário-geral da ONU, António Guterres, comentou sobre a entrada dos EUA no conflito. Para Guterres, os ataques representam uma “escalada perigosa em uma região que já está no limite – e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional”.
“Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo”, destacou.
No sábado, 21, antes da entrada dos EUA na guerra – após uma semana intensa de ataques aéreos entre Israel e Irã, o secretário de estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em discurso durante o encontro “Dívida Ecológica”, realizado no Capitólio de Roma, lamentou a falta de progresso pela paz. Na ocasião, o purpurado mencionou a urgência de trabalhar pela paz.
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