Na Canção Nova, padre Donizete presidiu a Santa Missa de Corpus Christi na manhã desta quinta-feira, 19; após procissão, Frei Gilson concedeu a Benção Solene
Julia Beck
Da Redação

Solenidade de Corpus Christi no Santuário do Pai das Misericórdias nesta quinta-feira, 19/ Fotos: Larissa Ferreira
No Santuário do Pai das Misericórdias, localizado na sede da Comunidade Canção Nova, a Santa Missa da Solenidade de Corpus Christi aconteceu na manhã desta quinta-feira, 19. O vice-presidente da Comunidade Canção Nova, padre Donizete Heleno Ferreira foi o presidente da celebração.
Em sua homilia, o sacerdote enfatizou que a Eucaristia deve gerar nos católicos um comprometimento profundo. “Não pode ser um ato isolado, um episódio da vida espiritual”, não se pode continuar a “vida sem nenhuma ligação com esse mistério”, observou.
“Vida e morte”, “salvação e condenação” são duas consequências antagônicas que os católicos que comungam o Corpo de Cristo podem obter. Padre Donizete acrescentou que ao sair de uma missa, os fiéis podem sair cheios da vida de Cristo, mas também condenados, caso tenham recebido o Corpo e Sangue de Cristo indignamente.
O presbítero voltou a repetir que a Eucaristia compromete os católicos a uma vida com Cristo e uma vida de unidade com os irmãos. “A eucaristia faz a Igreja, reúne em Cristo Jesus todos os irmãos, filhos de Deus espalhados pelo mundo inteiro. Ela não é um ato isolado da nossa espiritualidade”.
A festa de Corpus Christi, instituída pelo Papa Urbano IV, suscita a seguinte verdade: por amor, Jesus deixou este grande dom que é a Eucaristia. “Para manifestar sua presença perene em nossas vidas”, “Jesus quis estar e permanecer conosco”, se fazendo “presença duradoura que não termina com a celebração da eucaristia”, mas que perdura com a adoração ao Santíssimo Sacramento em qualquer momento do dia, refletiu o vice-presidente da Canção Nova.
Padre Donizete frisou três momentos que são vividos nesta solenidade: reunião, procissão e adoração. A reunião, explicou o sacerdote, é o que é feito liturgicamente pela assembleia no momento da Santa Missa. A procissão é a caminhada com Cristo. E a adoração é o último ato próximo da conclusão da celebração.
Reunião
Ao comentar sobre a “reunião”, o presbítero recordou que Jesus reuniu seus discípulos para instituir a Eucaristia. A partir daquele momento, até os dias atuais, a Eucaristia é celebrada reunindo os fiéis.
“Recebemos este tesouro por meio da tradição da Igreja. Tradição e Sagrada Escritura se complementam”, sublinhou. Ele então salientou a fidelidade dos apóstolos e dos padres que, até os dias de hoje, seguem transmitindo esse “patrimônio”, que é a Eucaristia, a tantos fiéis. “Estamos fazendo o mesmo que Jesus fez (…). A Eucaristia promove comunhão, não é um ato privado”, “ela nos faz irmãos”.
Procissão
A procissão, um “ato público”, está previsto nesta celebração. Para explicá-la, o vice-presidente da Canção Nova lembrou que Jesus não morreu de forma privada, mas de forma pública. Deste modo, na procissão, os católicos demonstram publicamente seu amor por Jesus, sua adoração pelo único Deus que creem, considerado o tudo de suas vidas.
Padre Donizete pediu que os fiéis também anunciem o amor por Jesus para além desta celebração: no ambiente de trabalho, em casa, entre os amigos. Isso, de acordo com ele, é “não abrir mão do que se acredita”.
Todos os domingos, o sacerdote ressaltou que esta “procissão” acontece. Após a comunhão, todos os fiéis se tornam um “ostensório vivo”, por isso é preciso falar, amar, abraçar, olhar as pessoas como Jesus, não “fazer dos irmãos um tapete que eu piso”, nem “esconder os pecados para debaixo do tapete”.
Adoração
Por fim, a adoração recorda ao coração que não há outro Deus além de Jesus, afirmou o presbítero. “Vamos nos ajoelhar diante do Santíssimo para dizer: ‘Ele é o meu único Senhor, é o meu Salvador, o Senhor da minha vida. Darei o trono do meu coração para Ele’”.
O vice-presidente da Canção Nova frisou que Deus quer saciar a alma de seus filhos para que eles nunca mais tenham fome.
Após a comunhão
Após a comunhão, os fiéis seguiram em procissão do Santuário do Pai das Misericórdias até o Rincão do Meu Senhor. Carmelita Mensageiro do Espírito Santo, Frei Gilson – que concelebrou a Santa Missa, foi quem concedeu a Benção Solene de conclusão da celebração.
Antes da benção, refletiu: “Que honra para nós católicos ter uma solenidade dedicada ao Corpo de Cristo. A Igreja conquistou esse feriado para o nosso país. Em muitas ruas do Brasil e do mundo, Jesus Sacramentado é adorado. Neste dia a Igreja Católica professa a sua fé de forma pública, é como se disséssemos: ‘Nós não temos medo, nós não temos vergonha, esta é a nossa fé, Jesus vivo na Eucaristia. Respeitamos os que não creem, mas estamos aqui também por eles'”.
O religioso também rezou pelas famílias, pelo Papa Leão XIV e pediu pela paz no mundo, citando diretamente Israel e Irã.
Até este domingo, 22, a Comunidade Canção Nova promove o Acampamento de Corpus Christi com uma programação repleta de pregações, orações, adoração e louvor. A missa de encerramento do evento acontece às 15h do domingo, no Centro de Evangelização, e será presidida pelo Frei Gilson.