Mais frequentes durante outono e inverno, infecções por vírus atingem especialmente crianças e exigem alguns cuidados especiais para prevenção
Gabriel Fontana
Da Redação

Foto: towfiqu barbhuiya via Canva
Em poucos dias, o outono dará lugar ao inverno em mais uma troca de estação. Contudo, o tempo segue seco e as temperaturas tendem a cair ainda mais, o que favorece a disseminação de doenças respiratórias por meio de vírus.
Em meio a este cenário, quem acaba sofrendo mais são as crianças. Mais sensíveis às variações no tempo e com imunidade mais frágil, o risco de contaminação é maior do que em adultos. Assim, é preciso redobrar os cuidados.
Segundo o pediatra Davi Almeida, a maior parte da procura por consultas e emergências ao longo do ano ocorre por queixa de resfriado. Ele pontua que a maioria dos casos se resolve sozinha, dentro de sete a dez dias, mas em algumas crianças o quadro pode ser mais sério.
O aumento de infecções acontece porque, com a baixa umidade, nariz e garganta tendem a também ficar mais secos. Desta forma, o mecanismo de defesa do organismo contra invasores não funciona corretamente, facilitando a entrada dos vírus.
Almeida destaca ainda que a maioria das transmissões acontece de pessoa para pessoa, por meio de espirro, tosse e contato direto (interação física) ou indireto (através de objetos, por exemplo).
Prevenção e cuidados
Portanto, para prevenir as doenças respiratórias da época, o pediatra orienta uma maior hidratação, especialmente do nariz, que deve ser lavado com soro. Além disso, recomenda manter a casa e outros ambientes internos bem ventilados, favorecendo a circulação de ar, e evitar cheiros fortes, sobretudo de cigarro. No caso da gripe, a vacinação também é fundamental.
Caso surjam sintomas, é importante averiguar a intensidade com que se manifestam. Neste sentido, Almeida indica aos pais ou responsáveis que observem o comportamento das crianças – ainda que não haja febre, por exemplo, abatimento ou desânimo podem indicar que algo não está bem.
“Além disso, se aparece uma febre muito alta, a coriza está amarela ou esverdeada e a tosse está encatarrada, deve-se buscar atendimento”, adverte o pediatra.