Equipes de resgate internacionais estão na Síria e na Turquia auxiliando no salvamento das vítimas que, desde que não estejam gravemente feridas, podem sobreviver por muitos dias
Da redação, com Reuters
“Muito bom todo mundo se ajudar. Isso é amor, isso é coração, isso é humanidade”. Essas são as palavras de Abdul Kadir Polataglu, um socorrista turco que está ajudando no resgate das vítimas do terremoto que atingiu Síria e Turquia em 6 de fevereiro.
A operação internacional de resgate está nos dois países para ajudar a salvar pessoas presas em edifícios desmoronados e prestar auxílio nesta que já é considerada uma das maiores tragédias do século.
Um homem sírio e uma jovem com um lenço sobre a cabeça foram resgatados após mais de 200 horas nos escombros em Hatay, que foi devastada pelo terremoto.
O socorrista Abdul Kadir Polatoglu acredita que ainda pode haver algumas pessoas vivas dentro dos prédios e que as equipes de resgate estão tentando localizá-las.
Polatoglu explicou ainda que as pessoas podem sobreviver até 20 dias nos escombros, desde que não estejam feridas, com base em sua experiência em terremotos anteriores em Izmit e Istambul.
As autoridades das Nações Unidas informaram que a fase de resgate na Turquia e na Síria está chegando ao fim, com o foco agora em outras necessidades como abrigo e alimentação.
Viva após dez dias
Uma mulher de 42 anos foi resgatada com vida após 222 horas soterrada — quase dez dias —, dos escombros da cidade de Kahramanmaras, na Turquia. Filmagens locais mostram as equipes de resgate carregando Melike Imamoglu, amarrada em uma maca, a uma ambulância.
O desastre, com um número total de mortos que chegou a 41 mil pessoas, devastou cidades em ambos os países, deixando muitos sobreviventes desabrigados em temperaturas quase congelantes.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, reconheceu na terça-feira, 14, problemas na resposta inicial ao terremoto, mas disse que a situação no momento segue sob controle.