Cardeal Krajewski conta que uma nova onda de solidariedade permitiu a arrecadação de trezentos mil e a compra de mais camisetas térmicas e geradores para serem levados às zonas de guerra
Da redação, com Vatican News
Na manhã de sábado, 14, cerca de vinte homens, seminaristas e voluntários, principalmente ucranianos, carregaram um caminhão. O veículo de grande porte, de nacionalidade eslovaca, partiu para a zona de Zaporizhzhia, um dos epicentros da guerra na Ucrânia, martelada há meses pelos bombardeamentos russos.
A notícia foi dada pelo esmoleiro do Papa Francisco, Cardeal Konrad Krajewski, que nos dias antes ao Natal voltou a dirigir uma van para levar quarenta geradores elétricos e grande quantidade das camisetas térmicas arrecadadas pelo Dicastério para a Caridade por meio de uma plataforma solidária. O fluxo de doações não parou, com mais de trezentos mil euros angariados que permitiram aumentar o número de geradores e roupas térmicas para serem enviados ao Leste Europeu.
Em 48 horas, garante o esmoleiro do Papa, todo o material novo estará à disposição de muitas pessoas que sobrevivem em condições desumanas numa barbárie agravada pelas temperaturas polares desse período.
Solidariedade entre compatriotas
“É uma corrente de bondade de pessoas que ajudam seus compatriotas, que querem ajudar os que sofrem”, disse o purpurado à mídia vaticana.
Em 19 de dezembro passado, o cardeal chegou a Lviv com uma grande van, “a maior que eu poderia dirigir”, disse ele, e depois de distribuir ajuda em várias localidades da capital Kiev, foi-se para Kiev para levar uma parte da ajuda e celebrar o Natal, acompanhado também pela proximidade e bênção do Papa Francisco.
Um Natal de guerra, formado de gelo e penumbra devido ao racionamento de eletricidade mitigado pelo brilho dos geradores. “Eu diria que a missão foi cumprida”, disse o cardeal Krajewski em seu retorno, uma semana depois. Na realidade, é uma missão que se renova.