Bispo de Leiria-Fátima presidiu a peregrinação aniversária de outubro, última do ano, com reflexão sobre a missão do Santuário
Da Redação, com Santuário de Fátima
A tradicional peregrinação internacional de outubro, em Fátima, Portugal, terminou nesta quinta-feira, 13. Quem presidiu o momento que assinala a última aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos foi o bispo de Leiria-Fátima, Dom José Ornelas.
Dom Orndelas fez uma reflexão sobre a missão do Santuário, em especial de um santuário mariano. A peregrinação internacional de outubro começou ontem, 12, e contou com cerca de 310 mil peregrinos de várias partes do mundo.
O santuário não pode ser apenas uma memória de um evento passado, mas sim um local de renovação de fé, explicou o bispo. Ele pontuou que o santuário ali construído para celebrar a presença materna de Maria não é apenas um memorial do passado e da história de três pastorinhos. “Ele só tem sentido se for local do encontro dinâmico de cada peregrino com Cristo; de profissão conjunta da fé, em tantas línguas do mundo; e de partida para levar o testemunho ativo dessa no nosso regresso a nossas casas e às nossas atividades”.
O bispo ressaltou ainda a importância de todos que colaboram para acolher os peregrinos que chegam e partem. Destacou também a vida nova que os Santuários proporcionam depois da experiência íntima do encontro com Deus, proporcionando mais do que uma meta um ponto de partida para uma vida nova. “Os santuários são lugares de partida desses peregrinos, para que sejam testemunhas e missionários da luz, da força e da esperança que o santuário lança nas suas vidas, para a levarem e partilharem com quem mais precisa”.
Sagração da Basílica de Nossa Senhora do Rosário
Dom Ornelas lembrou que se celebra o aniversário da sagração da Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Ele observou que, na sua arquitetura, a Basílica abre-se, como que abrindo os braços para acolher os peregrinos, conduzindo-os pelo local da revelação de Maria aos pastorinhos, para o altar da Eucaristia e para a Casa de Deus.
O projeto foi concebido pelo arquiteto Gerardus Samuel van Krieken e continuado por João Antunes. A primeira pedra foi abençoada em 13 de maio de 1928 pelo arcebispo de Évora e a dedicação celebrou-se em 7 de outubro de 1953. O título de basílica foi-lhe concedido por Pio XII, pelo breve Luce Superna, de 11 de novembro de 1954.
“Neste santuário, dedicado a Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, esta mensagem é particularmente importante. Ela ensina ensina-nos a ser Igreja unida na mesma fé e a caminhar juntos, como Igreja sinodal para levar Cristo ao mundo”, sublinhou.
Na oração dos fieis, rezou-se pela paz na Ucrânia, pelas vítimas da pandemia e por todos os que enfrentam as dificuldades da crise econômica. Oração também pelos 110 anos do comando distrital da GNR em Santarém.
A peregrinação de outubro assinala também a efeméride do Milagre do Sol, encerrando as grandes peregrinações de verão. O momento faz memória da sexta e última aparição na Cova da Iria aos três pastorinhos, Francisco, Jacinta e Lúcia. Esta última teve um novo andamento em seu processo de beatificação: foi entregue hoje o documento sobre suas virtudes heroicas ao Dicastério para as Causas dos Santos, em Roma.