“O ato de sorrir libera substâncias no cérebro que ajudam na sensação de bem-estar. Também pode ajudar em quadros de ansiedade e depressão”, afirma especialista
Julia Beck
Da redação
Sorriso. Esta é uma forte característica da auxiliar jurídico Taynara de Oliveira Vilela, de 24 anos, e da funcionária pública Vanessa Malerba Alvarenga, de 24 anos. Ambas se consideram sorridentes e contam que as pessoas que convivem com elas também as descrevem desta forma.
“Hoje mesmo, uma colega de trabalho me disse que eu vivo sorrindo pelo escritório”, conta Taynara. Vanessa comenta: “Falam que sou uma pessoa que está sempre sorrindo”.
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Nesta terça-feira, 18, Dia Internacional do Riso, a psicóloga Natália Maria Nogueira ressalta os benefícios desta prática. “O ato de sorrir libera substâncias no cérebro que ajudam na sensação de bem-estar. Também pode ajudar em quadros de ansiedade e depressão”, indica.
Escolher sorrir
Vanessa afirma que é uma pessoa feliz. “Sou realizada, tenho bons amigos, uma família maravilhosa. Então, acredito que só tenho motivos para sorrir”, frisa.
A funcionária pública acredita que sorrir é o melhor remédio para enfrentar adversidades. Ela conta que, há 10 anos, descobriu um câncer, e escolheu levar a situação da melhor forma possível.
“Acredito que meu alto astral me ajudou a sair muito bem de tudo isso”, sublinha.
Taynara ressalta que os problemas e os dias difíceis sempre vão existir. “Cabe a nós escolher a maneira que iremos lidar com eles. Se ao sorrir, podemos atribuir uma carga mais leve aos nossos problemas, por que não?!”, reflete.
A auxiliar jurídico recorda que, em meio a tantas perdas e dificuldades, nunca deixou de sorrir. “Acredito que essa minha crença de que um sorriso pode mudar tudo, me ajudou a superar muitos episódios marcantes em minha vida”, disse.
Viver os sentimentos
A psicóloga explica que a ausência do ato de sorrir não sinaliza necessariamente que uma pessoa não está bem. Pode ser um traço de introspecção.
Nos casos das pessoas sorridentes, Natália sublinha que a ausência do riso não significa algum problema, mas a vivência de outros sentimentos – algo considerado saudável.
“O riso pode transparecer outros tipos de emoções que não se limitam à alegria. Pode ser também nervosismo ou frustração. Rir não quer dizer necessariamente que uma pessoa esteja feliz”, alerta.
De acordo com a especialista, é uma característica do brasileiro utilizar o riso como uma ferramenta de enfrentamento. “O riso pode ajudar, mas não pode mascarar sentimentos. É melhor enfrentar traumas do que tentar mascarar com um sorriso”, encoraja.
O riso no enfrentamento das dificuldades
No entanto, Natália defende a importância da alegria no enfrentamento das dificuldades. Ela recorda que está comprovado o benefício do riso em ambientes hospitalares.
“Pode ajudar no tratamento. O riso é completamente benéfico na recuperação de pacientes dentro de diversos quadros clínicos e psicológicos”, garante.
Ambiente alegre
A psicóloga ressalta também que o riso e a animação ajudam as pessoas a se sentirem acolhidas, bem-vindas. Deixa o ambiente mais leve e agradável.
Para Taynara, as pessoas deveriam sorrir mais. “O mundo precisa disso. Eu, por exemplo, quando recebo um sorriso de um desconhecido, me sinto acolhida. É como se já conhecesse aquela pessoa”.
“Em meio a tantos desastres naturais, pandemia, mortes, receber um sorriso é como se fosse um cuidado de Deus, um carinho!”, destaca a auxiliar jurídico.
O riso é remédio para as pessoas que giram em torno de você, opina Vanessa. “Às vezes, quem está ao nosso lado está triste, vivendo algo difícil, e um sorriso ajuda a aliviar o coração daquela pessoa”.